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Dicionário de Filosofia

Desesperança
Segundo Kierkegaard, é a doença mortal, a doença própria da personalidade humana e que a torna incapaz de realizar-se. Enquanto a angústia se refere à relação do homem com o mundo, a Desesperança refere-se à relação do homem consigo mesmo, em que consiste propriamente o eu. Nessa relação, se o eu quiser ser ele mesmo, pois é finito, logo insuficiente a si mesmo, não chegará jamais ao equilíbrio e ao repouso. E se não quiser ser ele mesmo chocar-se-á também contra uma impossibilidade fundamental. Em um e outro caso tropeçará na Desesperança, que é viver a morte do eu, isto é, a negação da possibilidade do eu na vã tentativa de torná-lo autossuficiente ou destruí-lo em sua natureza. Para Jaspers a Desesperança é um dos aspectos fundamentais da existência.
 

Designado
Na lógica contemporânea entende-se por essa palavra o objeto qualquer, existente ou inexistente, que o signo pode denotar. O denotado, ao contrário, é algo de existente. Entre designação e denotação estabelece-se distinção análoga, mas ambas significam a referência de um signo ao seu objeto.
 

Designador
Termo empregado por Charles Morris (1901-1979) para indicar uma espécie de signo, mais precisamente aquela pela qual o intérprete dispõe-se a sequências de respostas determinadas por um objeto que tem certas características. Rudolf Carnap (1891 - 1970) empregou esse termo para indicar todas as expressões às quais se aplica uma análise semântica do significado, de tal modo que a classe dos Designadores seja mais vasta ou mais restrita conforme o método de análise empregado.
 

Desmistificação
Corrente teológica de Rudolf Bultmann que tende a libertar a mensagem cristã do mito cosmológico com que está unida no Novo Testamento. Libertada das imagens e dos símbolos do mito, a mensagem cristã é um diagnóstico da existência humana no mundo, ou seja, do homem existente historicamente nas ocupações, na angústia, no instante de decisão entre passado e futuro.
 

Desordem
Henri Bergson mostrou o caráter e a função positiva da noção de desordem. Ela não exprime a ausência absoluta de ordem, mas só a ausência da ordem procurada e a presença de uma ordem diferente.
 

Destino
Ação necessitante que a ordem do mundo exerce sobre cada um de seus seres singulares. Na sua formulação tradicional, esse conceito implica: 1 - Necessidade, quase sempre desconhecida e por isso cega, que domina cada indivíduo do mundo enquanto parte da ordem total; 2 - Adaptação perfeita de cada indivíduo ao seu lugar, ao seu papel ou à sua função no mundo, visto que, como engrenagem da ordem total, cada ser é feito para aquilo que faz.
 

Determinismo
l - Ação condicionante ou necessitante de uma causa ou de um grupo de causas; 2 - A doutrina que reconhece a universalidade do princípio causal e portanto admite também a determinação necessária das ações humanas a partir de seus motivos.
 

Deus
São duas as qualificações fundamentais que os filósofos atribuíram a Deus - a de Causa e a de Bem. Na primeira, Deus é o princípio que torna possível o mundo ou o ser em geral. Na segunda, é a fonte ou a garantia de tudo o que há de excelente no mundo, sobretudo no mundo humano. Trata-se de qualificações bastante genéricas que só têm sentido preciso no âmbito das filosofias que as empregam.
 

Devir
1 - O mesmo que mudança. 2 - Uma forma particular de mudança, a mudança absoluta ou substancial que vai do nada ao ser ou do ser ao nada. Esse é o conceito de Aristóteles e Hegel.
 

Devoção
Segundo Kant é a disposição de espíritos que nos torna capazes de sentimentos de dedicação para com Deus, e que se obtém mediante as práticas do culto.
 

   

 
 
Como referenciar: "Dicionário - D" em Só Filosofia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 04/12/2024 às 05:58. Disponível na Internet em http://filosofia.com.br/vi_dic.php?palvr=D&pg=2