Você está em Ajuda > Dicionário
Dicionário de Filosofia
Dado | ||
O ponto de partida ou a base de uma indagação qualquer, o elemento, o antecedente, a situação da qual se parte ou que serve de respaldo para formular um problema, fazer uma inferência, aventar uma hipótese. O Dado tem, portanto, caráter funcional: o que se assume como Dado para certo tipo ou ordem de indagação pode ser, por sua vez, tomado como problema para outro tipo ou ordem de pesquisa. |
Darwinismo | ||
Doutrina da evolução biológica, segundo os fundamentos enunciados por Darwin: 1 - Existência de pequenas variações orgânicas, que se verificariam nos seres vivos sob a influência das condições ambientais, das quais algumas (pela lei da probabilidade) seriam biologicamente vantajosas; 2 - Seleção natural, graças à qual sobreviveriam, na luta pela vida, os indivíduos nos quais se manifestassem as variações orgânicas mais favoráveis. Também são partes integrantes do Darwinismo a hipótese de que o homem descende de animais inferiores e o agnostícismo diante dos problemas metafísicos. |
Débito | ||
Para Kant, o Débito originário é o pecado original ou mal radical: o homem, por ter começado com o mal, contraiu um Débito que já não lhe cabe liquidar e que é intransmissível por ser a mais pessoal de todas as obrigações. Heidegger tirou essa noção da esfera moral e estudou-a na esfera ontológica. Considerou o estar em Débito como uma das manifestações do estar em falta. |
Díade | ||
Segundo os pitagóricos, é o princípio da diversidade e da desigualdade, de tudo o que é divisível e mutável e ora está de um modo, ora de outro. Contrapõe-se à mônada, que é o princípio da unidade, do ser idêntico e igual. |
Díspar | ||
Cícero chamou de Díspar o que está em oposição contraditória com outra coisa, como por exemplo não saber em relação a saber. Boécio restringiu esse termo aos opostos contraditórios que, por serem muito diferentes, não têm entre si nenhuma contrariedade, como terra e roupa. |
Dúvida | ||
l - Um estado subjetivo de incerteza, ou seja, uma crença ou opinião não suficientemente determinadas, ou a hesitação em escolher entre a asserção da afirmação e a asserção da negação; 2 - Uma situação objetiva de indeterminação ou a problematicidade de uma situação: seu caráter de indecisão em relação ao possível êxito ou à possível solução. |
Deísmo | ||
Doutrina de uma religião natural ou racional não fundada na revelação histórica, mas na manifestação natural da divindade à razão do homem. As teses fundamentais do Deísmo podem ser descritas da seguinte forma: 1 - A religião não contém e não pode conter nada de irracional; 2 - A verdade da religião revela-se, portanto, à própria razão, e a revelação histórica é supérflua; 3 - As crenças da religião natural são poucas e simples: existência de Deus, criação e governo divino do mundo, retribuição do mal e do bem em vida futura. |
Decadência | ||
Para Heidegger é o estado de queda da existência humana no nível da banalidade cotidiana. Isso, porém, não supõe um estado original superior nem é um estado negativo e provisório que possa ser um dia eliminado. O estado de Decadência é aquele em que a existência se alheia de si, esconde de si mesma sua possibilidade própria (que é a da morte) e entrega-se ao modo de ser impessoal que é caracterizado pela tagarelice, pela curiosidade e pelo equívoco. |
Decisão | ||
Decisão corresponde ao que Aristóteles e os escolásticos chamavam de escolha, ou seja, o momento conclusivo da deliberação no qual se adere a uma das alternativas possíveis. Aristóteles definiu a escolha como uma apetição deliberada referente a coisas que dependem de nós; em sentido determinista, Spinoza identificou a Decisão com o desejo ou determinação do corpo, que pode ser deduzida por meio das leis do movimento e do repouso. A decisão é constantemente entendida pelos filósofos como o ato de discriminação dos possíveis ou de adesão a uma das alternativas possíveis. É, portanto, um ato antecipatório e projetante, no qual o futuro é de certo modo determinado. |
Declinação | ||
Desvio dos átomos da queda retilínea, admitido por Epicuro para possibilitar o choque entre os átomos, a partir do qual os corpos são gerados. Com efeito, os átomos que, no vácuo, se movem todos com a mesma velocidade nunca se encontrariam sem a Declinação. |
Como referenciar: "Dicionário - D" em Só Filosofia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 04/12/2024 às 06:08. Disponível na Internet em http://filosofia.com.br/vi_dic.php?palvr=D&pg=0