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Trechos de livros

Leia trechos de obras, entrevistas, palestras dos principais filósofos.

Responsável - Equipe de ensino do Instituto Packter.

(15/Dez) A morte feliz, de Albert Camus
... A manhã que despontou estava cheia de pássaros e de ar fresco. O sol subiu rapidamente e de um salto ficou acima do horizonte. A terra cobriu-se de ouro e de calor. Na manhã, o céu e o mar se salpicavam de luzes azuis e amarelas, com grandes manchas que saltavam. Um vento leve erguera-se, e pelas janelas um ar com gosto de sal vinha refrescar as mãos de Mersault. Ao meio-dia o vento cessou, o dia explodiu como um fruto maduro e sobre toda a extensão do mundo escorreu como um suco morno e sufocante, ao som de um repentino concerto de cigarras. O mar cobriu-se deste suco dourado como um óleo e devolveu à terra esmagada pelo sol um sopro quente, que a impregnou, exalando cheiros de absinto, de alecrim e de pedra quente. Da cama, Mersault captou esse choque e essa oferenda e abriu os olhos sobre o mar imenso e curvo, reluzente, povoado de sorrisos de seus deuses. Deu-se conta, de repente, de que estava sentado na cama e que o rosto de Lucienne estava bem perto do seu. Lentamente subia dentro dele, como que desde o ventre, uma pedra que se encaminhava para a garganta. Respirava cada vez mais rápido, aproveitando as passagens. A coisa continuava a subir. Olhou para Lucienne. Sorriu sem uma crispação, e também esse sorriso vinha do interior. Recostou-se na cama, sentindo a lenta subida que havia em si. Olhou para os lábios inchados de Lucienne e, por trás dele, o sorriso da terra. Ele os via com o mesmo olhar e com o mesmo desejo. "Daqui a um minuto, daqui a um segundo", pensou. A subida terminara. E, pedra entre as pedras, ele retornou, na alegria de seu coração, à verdade dos mundos imóveis.

Trecho do livro A morte feliz, de Albert Camus, da Editora Record. Este romance não foi publicado em vida. Escrito entre 1936 e 1938, pode ser considerado uma espécie de preâmbulo de O estrangeiro

(15/Dez) ÉTICA A NICÔMACO - ARISTÓTELES
Toda arte e toda indagação, assim como toda ação e todo propósito, visam a algum bem; por isto foi dito acertadamente que o bem é aquilo a que todas as coisas visam. Mas nota-se uma certa diversidade entre as finalidades; algumas são atividades, outras são produtos distintos das atividades de que resultam; onde há finalidades distintas das ações, os produtos são por natureza melhores que as atividades. Mas como há muitas atividades, artes e ciências, suas finalidades também são muitas; a finalidade da medicina é a saúde, a da construção naval é a nau, a da estratégia é a vitória, a da economia é a riqueza. Onde, porém, tais artes se subordinam a uma única aptidão – por exemplo, da mesma forma que a produção de rédeas e outras artes relativas a acessórios para a montaria se subordinam à estratégia, de maneira idêntica umas artes se subordinam sucessivamente a outras – as finalidades das artes principais devem ter precedência sobre todas as finalidades subordinadas; com efeito, é por causa daquelas que estas são perseguidas. Não haverá diferença alguma no caso de as próprias atividades serem das ações ou serem algo distinto delas, como ocorre com as artes e ciências mencionadas.
Se há, então, para as ações que praticamos, alguma finalidade que desejamos por si mesma, sendo tudo mais desejado por causa dela, e se não escolhemos tudo por causa de algo mais (se fosse assim, o processo prosseguiria até o infinito, de tal forma que nosso desejo seria vazio e vão), evidentemente tal finalidade deve ser o bem e o melhor dos bens. Não terá então uma grande influência sobre a vida o conhecimento deste bem? Não deveremos, como archeiros que visam a um alvo, ter maiores probabilidades de atingir assim o que nos é mais conveniente? Sendo assim, cumpre-nos tentar determinar, mesmo sumariamente, o que é este bem, e de que ciências ou atividades ele é o objeto. Aparentemente ele é o objeto da ciência mais imperativa e predominante sobre tudo. Parece que ela é a ciência política, pois esta determina quais são as demais ciências que devem ser estudadas em uma cidade, e quais são os cidadãos que devem aprendê-las, e até que ponto; e vemos que mesmo as atividades tidas na mais alta estima se incluem entre tais ciências, como por exemplo, a estratégia, a economia e a retórica. Uma vez que a ciência política usa as ciências restantes e, mais ainda, legisla sobre o que devemos fazer e sobre aquilo de que devemos abster-nos, a finalidade desta ciência inclui necessariamente a finalidade das outras, e então esta finalidade deve ser o bem do homem. Ainda que a finalidade seja a mesma para um homem isoladamente e para uma cidade, a finalidade da cidade parece de qualquer modo algo maior e mais complexo, seja para atingirmos, seja para a perseguirmos; embora seja desejável atingir a finalidade apenas para um único homem, é mais nobilitante e mais divino atingi-la para uma nação ou para as cidades. Sendo este o objetivo de nossa investigação, tal investigação é de certo modo o estudo da ciência política.
As ações boas e justas que a ciência política investiga parecem muito variadas e vagas, a ponto de se poder considerar a sua existência apenas convencional, e não natural. Os bens parecem igualmente vagos, pois para muitas pessoas eles podem ser até prejudiciais; com efeito, algumas pessoas no passado foram levadas à perdição por sua riqueza, e outras por sua coragem. Falando de tais assuntos e partindo de tais premissas, devemos contentar-nos, então, como a apresentação da verdade sob forma rudimentar e sumária; quando falamos de coisas que são verdadeiras apenas em linhas gerais, partindo de premissas do mesmo gênero, não devemos aspirar a conclusões mais precisas.



ARISTÓTELES. Ética a Nicômacos. Trad. Mário da Gama Kury, 2 ed., Brasília: Editora Universidade de Brasília, c1985, 1992, pág. 18-19


(03/Dez) O OLHO E O ESPÍRITO
A ciência manipula as coisas e renuncia a habitá-la. Fabrica para sim modelos internos delas e, operando sobre esses índices ou variáveis as transformações permitidas por sua definição, só de longe em longe se defronta com o mundo atual. Ela é, sempre foi, esse pensamento admiravelmente ativo, engenhoso, desenvolto, esse parti pris de tratar todo ser como “objeto em geral”, isto é, a um tempo como se ele nada fosse para nós, e, no entanto, se achasse predestinado aos nossos artifícios.


Mas a ciência clássica guardava o sentimento da opacidade do mundo, era a este que ela pretendia juntar-se por suas construções, e por isso é que acreditava obrigada a procurar para suas operações um fundamento transcendente ou transcendental. Há, hoje em dia – não na ciência, e sim numa filosofia das ciências assaz difundida -, isto de inteiramente novo: que a prática construtiva se toma e se dá por autônoma, e que o pensamento deliberadamente se reduz ao conjunto das técnicas de tomada ou de captação, que ele inventa. Pensar é ensaiar, operar, transformar, sob a única reserva de um controle experimental onde só intervêm fenômenos altamente “trabalhados”, e que os nossos aparelhos produzem, em vez de registrá-los. Daí toda sorte de tentativas desordenadas. Nunca, como hoje, a ciência foi sensível às modas intelectuais. Quando um modelo foi bem sucedido numa ordem de problemas, ela o experimenta em toda parte. Nossa embriologia, nossa biologia estão agora repletas de gradientes , sem que se veja bem como se distinguem daquilo que os clássicos chamavam ordem ou totalidade; todavia, esta questão não é formulada, não deve sê-lo. O gradiente é uma rede que se lança ao mar se saber o que ela recolherá. Ou ainda, é débil ramo sobre o qual se farão cristalizações imprevisíveis. Esta liberdade de operação certamente está em situação de superar muitos dilemas, vãos, contanto que, de quando em vez, se faça o ajustamento, pergunta-se por que o instrumento funciona aqui e fracassa alhures; em suma, contanto que essa ciência fluente se compreenda a si mesma, se veja como construção sobre a base de um mundo bruto ou existente, e não reivindique para operações cegas o valor constituinte que os “conceitos da natureza” podiam ter numa filosofia idealista. Dizer que o mundo é, por definição nominal, o objeto X das nossas operações é levar ao absoluto a situação de conhecimento do sábio, como se tudo o que foi ou é nunca houvesse sido senão para entrar no laboratório. O pensamento “operatório” torna-se uma espécie de artificialismo absoluto, como se vê na ideologia cibernética, onde as criações humanas são derivadas de um processo natural de informação, porém concebido, por sua vez, segundo o modelo das máquinas humanas. Se este gênero de pensamento toma a seu cargo o Homem e a História, e se, fingindo ignorar o que deles sabemos por contato e por posição, empreende construí-los a partir de alguns indícios abstratos [...], visto que o homem se torna verdadeiramente o manipulandum que ele pensa ser, entra-se um regime de cultura onde já não há nem verdadeiro nem falso no tocante ao Homem e à História, num sono ou num pesadelo do qual nada poderia acordá-lo.


É preciso que, com meu corpo, despertem os corpos associados, os “outros”, que não são meus congêneres [...]. Nesta historicidade primordial, o pensamento alegre e improvisador da ciência aprenderá a insistir nas próprias coisas e em sim mesmo tornará a ser filosofia...



MERLEAU-PONTY, Maurice. O olho e o espírito. 2 ed. São Paulo: Abril Cultural, 1984.


(11/Nov) A Filosofia e seu objetivo - fragmentos de Epicuro
Todo desejo incômodo e inquieto se dissolve no amor da verdadeira filosofia.
*
Nunca se protele o filosofar quando se é jovem, nem canse o fazê-lo quando se é velho, pois que
ninguém é jamais pouco maduro nem demasiado maduro para conquistar a saúde da alma. E quem diz
que a hora de filosofar ainda não chegou ou já passou assemelha-se ao que diz que ainda não chegou ou
já passou a hora de ser feliz.
*
Deves servir à filosofia para que possas alcançar a verdadeira liberdade.
*
Assim como realmente a medicina em nada beneficia, se não liberta dos males do corpo, assim também
sucede com a filosofia, se não liberta das paixões da alma.
*
Não pode afastar o temor que importa para aquilo a que damos maior importância quem não saiba qual é
a natureza do universo e tenha a preocupação das fábulas míticas. Por isso não se podem gozar prazeres
puros sem a ciência da natureza.
*
Antes de tudo, considerando a divindade incorruptível e bem-aventurada, não se lhe deve atribuir nada de
incompatível com a imortalidade ou contrário à bem-aventurança.
*
Realmente não concordam com a bem-aventurança preocupações, cuidados, iras e benevolências.
*
O ser bem-aventurado e imortal não tem incômodos nem os produz aos outros, nem é possuído de iras ou
de benevolências, pois é no fraco que se encontra qualquer coisa de natureza semelhante.
*
Habitua-te a pensar que a morte nada é para nós, visto que todo o mal e todo o bem se encontram na
sensibilidade: e a morte é a privação da sensibilidade.
*
É insensato aquele que diz temer a morte, não porque ela o aflija quando sobrevier, mas porque o aflige o
prevê-la: o que não nos perturba quando está presente inutilmente nos perturba também enquanto o
esperamos.
*
O limite da magnitude dos prazeres é o afastamento de toda a dor. E onde há prazer, enquanto existe, não
há dor de corpo ou de espírito, ou de ambos.
*
A dor do corpo não é de duração contínua, mas a dor aguda dura pouco tempo, e aquilo que apenas
supera o prazer da carne não permanece nela muitos dias. E as grandes enfermidades têm, para o corpo,
mais abundante o prazer do que a dor.
*
O essencial para a nossa felicidade é a nossa condição íntima: e desta somos nós os amos.

(01/Nov) A Natureza das Coisas. Lucrécio.
Ó mãe dos Enéadas, prazer dos homens e dos deuses, ó Vênus criadora, que por sob os astros errantes povoas o navegado mar e as terras férteis em searas, por teu intermédio
se concebe todo o gênero de seres vivos e, nascendo, contempla a luz do sol: por isso de ti fogem os ventos, ó deusa; de ti, mal tu chegas, se afastam as nuvens do céu; e a ti
oferece a terra diligente as suaves flores, para ti sorriem os plainos do mar e o céu em paz resplandece inundado de luz.
Apenas reaparece o aspecto primaveril dos dias e o sopro criador do Favônio, já livre ganha forças, primeiro te celebram e à tua vinda, ó deusa, as aves do ar, pela tua força
abaladas no mais íntimo do peito; depois, os animais bravios e os rebanhos saltam pelos ledos pastos e atravessam a nado as rápidas correntes: todos, possessos do teu encanto
e desejo, te seguem, aonde tu os queiras levar. Finalmente, pelos mares e pelos montes e pelos rios impetuosos, e pelos frondosos lares das aves, e pelos campos virentes, a
todos incutindo no peito o brando amor, tu consegues que desejem propagar-se no tempo, por meio da geração.
Visto que sozinha vais governando a Natureza e que, sem ti, nada surge nas divinas margens da luz e nada se faz de amável e alegre, eu te procuro, ó deusa, para que me ajudes
a escrever o poema que, sobre a natureza das coisas, tento compor para o nosso Mêmio, a quem tu, ó deusa, sempre quiseste conceder todas as qualidades, para que excedesse
aos outros. Dá pois a meus versos, ó Vênus divina, teu perpétuo encanto.


(27/Out) Ensaio Sobre o Homem. Uma Introdução a uma Filosofia da Cultura. Cassirer, Ernst.
DAS REAÇÕES ANIMAIS ÀS RESPOSTAS HUMANAS

Com nossa definição do homem como um animal symbolicum, chegamos ao nosso primeiro ponto de partida para o prosseguimento das investigações. Agora, porém, torna-se imperativo que desenvolvamos um pouco essa definição para dar-lhe maior precisão. É inegável que o pensamento simbólico e o comportamento simbólico estão entre os traços mais característicos da vida humana e que todo o progresso da cultura humana está baseada nessas condições. Teremos, porém, o direito de considerá-las como um dom especial do homem, com exclusão de todos os outros seres orgânicos? Não seria o simbolismo um princípio cujas origens podemos encontrar em fontes muito mais profundas, e com um campo de aplicabilidade muito mais vasto? Se respondermos a essa pergunta pela negativa deveremos, aparentemente, confessar nossa ignorância acerca de muitas questões fundamentais que tem sido perenemente o centro das atenções na filosofia da cultura humana. A questão da origem da linguagem, da arte e da religião torna-se irrespondível, e somos deixados com a cultura humana como um fato dado que permanece, de certo modo, isolado e portanto ininteligível. É compreensível que os cientistas sempre se tenham reusado a aceitar tal solução. Fizeram um grande esforço para ligar o fato do simbolismo a outros fatos conhecidos e mais elementares. Sentiu-se que o problema era de fundamental importância, mas , infelizmente, raras foram as vezes em que foi abordado com uma mente inteiramente aberta. Desde o início, ele tem sido obscurecido e confundido por outras questões, pertencentes a um campo de discurso totalmente diferente. Em vez de proporcionar-nos uma descrição e uma análise sem preconceitos dos próprios fenômenos, a discussão deste problema foi convertida em disputa metafísica. Tornou-se o pomo da discórdia entre diferentes sistemas metafísicos: entre idealismo e materialismo, espiritualismo e naturalismo. Para todos esses sistemas, a questão do simbolismo tornou-se um problema crucial, do qual parecia depender a forma futura da ciência.
Não estamos aqui preocupados com esses aspectos do problema, tendo-nos proposto uma tarefa bem mais modesta e concreta. Tentaremos descrever a atitude simbólica do homem de maneira mais precisa, para podermos contrapô-la a outros modos de comportamento simbólico encontrados em todo o reino animal. Não se questiona, evidentemente, que os animais nem sempre reagem aos estímulos de maneira direta, que são capazes de uma reação indireta. As famosas experiências de Pavlov proporcionam-nos um abundante corpo de provas empíricas relativas aos chamados estímulos representativos. No caso dos macacos antropóides, um estudo
experimental muito interessante de Wolfe demonstrou a eficácia das “recompensas por fichas”. Os animais aprenderam a reagir às fichas como substitutos para as recompensas em alimentos da mesma maneira que reagiam ao próprio alimento. Segundo Wolfe, os resultados das longas e variadas experiências mostraram que processos simbólicos ocorrem no comportamento dos macacos antropóides. Robert M. Yerkes, que descreve estas experiências em seu último livro, tira delas uma importante conclusão geral.

Cassirer, Ernst. Ensaio Sobre o Homem. Uma Introdução a uma Filosofia da Cultura
Humana. Ed: Martins Fontes, São Paulo. 1994.

(04/Out) SOBRE O ÓCIO
"[...] com grande consenso eles nos recomendam os vícios. Se nada tentamos que nos seja salutar, já nos será em si mesmo proveitoso apartar-nos: isolados, seremos melhores. E que dizer de juntarmo-nos aos melhores homens e elegermos algum modelo pelo qual conduzamos nossa vida? Isso não é possível sem ócio: pois ele propicia o perseverar-nos no que nos agradou, desde que ninguém, com o concurso da multidão, nos desvie a convicção ainda mal-afirmada; pois então, a vida pode avançar em curso igual e regular, enquanto a entrecortamos com nossos propósitos contraditórios. Pois, dentre os restantes males, o pior é aquele que nos faz mudar nossos próprios vícios. Assim nem sequer isto cabe a nós: permanecer no mal já familiar; apraz-nos ir de um a outro, aflige-nos não só a insensatez mas até a frivolidade de nossos juízos. Hesitamos, e uma coisa por outra compreendemos; abandonamos o que havíamos procurado, procuramos de novo o que havíamos abandonado: alternam-se em nós a cupidez e o arrependimento. Dependemos, com efeito, de opiniões alheias, e melhor nos parece aquilo que encontra muito elogiadores e pretendentes, não aquilo que, em verdade, merece ser elogiado e pretendido; nem estimamos bom ou mau, por si mesmo, um caminho, mas pelas numerosas pegadas que não mostram as marcas do retorno".

SÊNECA, Sobre o ócio.

(24/Set) TRATADO SOBRE A TRINDADE - LIVRO X
"A alma vê, conhece e ama o esplendor e a utilidade desta beleza, e quem procura o significado das palavras que ignora, esforça-se quanto pode para aperfeiçoar-se nesta ciência. Porém, uma coisa é contemplar este ideal à luz da verdade, e outra desejar realizá-lo em si. Á luz da verdade contempla como é grande e como é bom entender e falar línguas de todos os povos, e não ouvir a ninguém como estrangeiro e como tal tembém não ser ouvido. Em seu pensamento percebe a beleza deste saber e, portanto, uma coisa conhecida e amada. Assim considerada, ela estimula o esforço dos que aprendem, de tal modo que movem ao redor dela e a desejam em todo o trabalho que empreendem para adquiri-la, a fim de abraçar na prática o que já conhecem pela razão".

Aurélio Agostinho (354-430). Após a conversão ao Cristianismo Agostinho estudou profundamente filosofia e escreveu várias obras que influenciaram muitos pensadores medievais, modernos e até contemporâneos.

   

Como referenciar: "Trechos de livros" em Só Filosofia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 29/09/2024 às 06:34. Disponível na Internet em http://filosofia.com.br/trecho.php?pg=12