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Provas de concursos e vestibular
(16/Jan) | IFMT - 2018 | |||
FILOSOFIA
QUESTÃO 21 O filósofo escocês David Hume (1711-1776) era um empirista convicto, considerado um dos grandes pensadores modernos, Hume acreditava que todo o conhecimento provinha da experiência, não podendo ser atribuído nenhuma afirmação a priori. Considerando o pensamento de Hume assinale a opção correta. (A) Hume defendia a necessidade de conhecermos os fatos, os dados e os elementos que estão além de nosso entendimento. (B) Os conhecimentos científicos provêm de dados encontrados nos nossos hábitos, não sendo possível uma determinação racional anterior a eles. (C) Por meio da racionalidade inata somos capazes de criarmos juízos causais, em que há uma determinação causal dos acontecimentos. (D) O entendimento humano não tem limites, nossas capacidades cognitivas são infinitas dentro das nossas condições históricas. (E) As ideias são as percepções originárias que se apresentam a consciência dos sujeitos cognoscentes, enquanto as impressões são cópias pálidas. QUESTÃO 22 René Descartes (1596-1650) é considerado o "pai da filosofia moderna" tendo elegido a consciência como o elemento necessário para entendermos todo o processo de conhecimento, já que os dados experimentais não são verdadeiros. No campo da teoria do conhecimento, Descartes buscou determinar um método que pudesse estabelecer a verdade imutável. Observando o pensamento do filósofo francês assinale a alternativa INCORRETA. (A) O método cartesiano tinha na evidência a primeira forma de provar como se estabelece o conhecimento. (B) Enumeração é o processo em que não se omite nada daquilo que se está analisando, sempre são feitas revisões gerais. (C) No pensamento cartesiano, a afirmação de um "ser pensamento" deriva de um conhecimento dedutivo. (D) O passo de ordenar os pensamentos sempre partindo do mais fácil para as determinações mais complexas é um fator considerado nas ideias cartesianas. (E) O processo de conhecimento acontece, quando resolvemos as dificuldades em parcelas, investigando cada parte de forma analítica e precisa. QUESTÃO 23 O Iluminismo foi uma corrente filosófica que no século XVIII defendeu a necessidade humana do esclarecimento. Na tentativa de romper com o pensamento anterior da Idade Medieval, entendia ser possível desvelar a verdade que fora escondida anteriormente. Dentro desse período surge Voltaire (1694-1778), liberal humanista, que foi um crítico da intolerância religiosa e do pensamento dogmático. Considerando o Século das Luzes e o pensamento de Voltaire assinale (V) verdadeiro e (F) para falso. ( ) O Iluminismo foi uma corrente de pensamento que criticava as monarquias absolutistas, defendendo a democratização das ideias e da política. ( ) Voltaire sempre esteve vinculado ao pensamento religioso, sendo contra a ideia de um Estado laico. ( ) Voltaire defendeu que o homem deveria agir seguindo as determinações de sua própria natureza, não sendo seu pensamento dominado por afirmações religiosas. ( ) O pensador iluminista Voltaire esteve vinculado à igreja católica, sendo que nos episódios de disputas entre a igreja católica e protestante, colocou-se ao lado do pensamento católico. Assinale a alternativa correta. (A) V,V,V,F. (B) F,V,F,F. (C) V,F,F,F. (D) V,F,V,F. (E) F,V,F,V. QUESTÃO 24 "A razão humana, num determinado domínio dos seus conhecimentos, possui o singular destino de se ver atormentada por questões, que não pode evitar, pois lhe são impostas pela sua natureza, mas às quais também não pode dar resposta, por ultrapassarem completamente suas possibilidades" (KANT, Immanuel. Crítica da razão pura. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 2010. p. 3). Kant entendia ser necessário colocarmos a razão em um tribunal onde se determinaria as possibilidades do conhecimento. Tendo no horizonte o pensamento kantiano, assinale a alternativa correta. (A) O filósofo alemão pensava ser possível conhecermos e provarmos a existência de Deus por meio da razão. (B) Para Kant, a metafísica continuava sendo a filosofia primeira, e como tal deveria ser considerada em todo processo de análise da realidade. (C) Kant concordava com os empiristas quando estes afirmavam que a forma do conhecimento vinha de fora, sendo a razão uma folha em branco. (D) A matéria do conhecimento está dentro de nós, nesse sentido, concordando, assim, com os racionalistas. (E) O conhecimento, segundo Kant, vem de algo que recebemos de fora (a posteriori) e de algo que já existe em nós (a priori). QUESTÃO 25 "Os homens fazem a sua própria história; contudo, não a fazem de livre e espontânea vontade, pois não são eles que escolhem as circunstâncias sob as quais ela é feita, mas estas lhes foram transmitidas assim como se encontram. A tradição de todas as gerações passadas é como um pesadelo que comprime o cérebro dos vivos. E justamente quando parecem estar empenhados em transformar a si mesmos e as coisas, em criar algo nunca antes visto, exatamente nessas épocas de crise revolucionária, eles conjuram temerosamente a ajuda dos espíritos do passado, tomam emprestados os seus nomes, as suas palavras de ordem, o seu figurino, a fim de representar, com essa venerável roupagem tradicional e essa linguagem tomada de empréstimo, as novas cenas da história mundial" (MARX, Karl. O 18 de brumário de Luís Bonaparte. São Paulo: Boitempo, 2011. p. 25-26). Karl Marx (1818-1883) é um dos mais importantes pensadores da filosofia, seja por possuir até os dias atuais adeptos de sua teoria, ou por sofrer críticas ferrenhas sobre as suas afirmações. Junto com Friedrich Engels (1820-1895) formulou o materialismo histórico, que buscava entender como era concebido o real. Considerando as ideias do materialismo histórico e o trecho citado anteriormente, assinale a alternativa INCORRETA. (A) O motor da história é a ação individual dos sujeitos, pois sem os grandes feitos de alguns não teríamos as transformações sociais. (B) O materialismo defendido por Marx e Engels apresentava-se como a antítese do idealismo alemão. (C) A práxis humana é concebida pelas relações de produção e reprodução da vida social, sendo estas influenciadas. (D) As ações humanas devem ser entendidas como o propulsor das ideias, não o contrário. (E) Segundo o materialismo histórico existe uma relação recíproca entre todos os fenômenos da natureza e todas as idealizações do pensamento. QUESTÃO 26 O filósofo austríaco, Ludwig Wittgenstein (1889-1951), no decorrer de sua obra investigou a relação entre pensamento e linguagem, sobre a teoria de Wittgenstein e a filosofia analítica considere as opções abaixo. I - A filosofia analítica buscou criticar a visão metafísica da modernidade, que acreditava ser possível conhecer a verdade por meio da racionalidade do sujeito. II - A virada linguística foi a tentativa dos modernos de frear o novo paradigma epistemológico da filosofia analítica. III - Wittgenstein entendia ser necessário estudarmos a filosofia dentro da lógica de nossa linguagem e considerando os limites dela. IV - Para o filósofo austríaco, o "giro linguístico" seria uma contradição se usado na análise do pensamento e da linguagem. V - A Segunda fase de Wittgenstein foi marcada pela tentativa de entender o significado das expressões linguísticas. Estão corretas: (A) I, II e V, apenas. (B) I e III, apenas. (C) III e IV, apenas. (D) I, II, III, IV e V. (E) IV e V, apenas. QUESTÃO 27 Karl Popper rompeu com paradigmas científicos ao criticar o princípio da verificabilidade e ao defender o princípio da falseabilidade. Sobre a filosofia de Popper, assinale a alternativa INCORRETA. (A) Popper entende que não é possível afirmar a existência de uma observação pura, pois esta sempre se encontrará fundamentada em uma teoria. (B) Não temos condições de inferir enunciados universais partindo apenas de enunciados singulares. (C) Segundo Popper, a descrição de uma experiência não pode ser entendida como um enunciado universal, apenas como um enunciado singular. (D) O princípio de indução para Popper seria o enunciado responsável por criar as inferências indutivas de uma forma lógica aceitável. (E) O princípio de indução é puramente lógico, não existindo um problema de indução, sendo que todas as inferências indutivas seriam consideradas puramente tautológicas. QUESTÃO 28 Edmund Husserl buscou construir, por meio da fenomenologia, um entendimento sobre a intencionalidade do ser, afirmando que toda a consciência tende para algo. Não havendo, segundo ele, pura consciência como acreditavam os racionalistas. Considerando o pensamento husserliano, analise as afirmativas abaixo. I - Partindo da redução fenomenológica Husserl identifica vários graus de depuração da consciência, o que exige a desconexão do que é estranho ao "eu", inclusive a dimensão social dos "outros eus". II - Husserl orienta uma investigação fenomenológica que nega a subjetividade transcendental. III - Segundo Husserl, todo o filósofo deve virar-se para si próprio, tentando derrubar todas as ciências até conseguir reconstruí-las. IV - A epoché suspende todos os nossos valores, tendo em seu horizonte sempre a atitude espontânea das nossas vivências. V - A aplicação da epoché é a negação da atitude natural, essa negação busca a reorientação do sentido de que a atitude natural é o ser absoluto. Assinale a alternativa que contempla todas as afirmações corretas. (A) I, II e III, apenas. (B) I, II, III, IV e V. (C) I, III e IV, apenas. (D) I, II e IV, apenas. (E) I e IV, apenas. QUESTÃO 29 Friedrich Nietzsche (1844-1900) foi um dos grandes pensadores do século XIX, tendo grande influência nos paradigmas posteriores que surgem após sua produção filosófica. Partindo do pensamento de Nietzsche, assinale a alternativa INCORRETA. (A) Nietzsche entendia que o conhecimento não era capaz de dar uma explicação à realidade, sendo apenas uma interpretação dela. (B) O autor alemão buscou expor que os sentidos contribuem para nosso querer-viver, sendo necessários para que nossa existência se realize de forma plena. (C) A moral religiosa nos enfraquece, faz-nos doentes e culpados pelos instintos que temos. (D) O surgimento e a origem dos valores têm importância secundária, para Nietzsche, o que importa é o sentido que atribuímos para esses valores. (E) A moral do senhor quer construir a conservação da vida, e de seus instintos fundamentais. QUESTÃO 30 "[...] Nas aulas de filosofia onde se promove experiência filosófica o professor não professa. Ele não apregoa, não é depositário de verdades. O professor de filosofia é um super-herói às avessas: ele cria problemas. Mas também é ele quem vai orientar sua solução. Seus poderes mágicos são sua convicção filosófica e educacional. Esse professor tem a chave de um espaço singular onde os alunos poderão entrar para ter ali sua experiência filosófica. O modo de relacionar-se consigo mesmo, com os outros, com texto, dentro desse espaço, será um modo diferente, será um modo filosófico". (ASPIS, Renata Pereira Lima. O professor de Filosofia: O Ensino de Filosofia no Ensino Médio como experiência filosófica. Disponível em: http://www.cedes.unicamp.br. Acesso em: 02 de setembro de 2018. Cad. Cedes, Campinas, vol. 24, n. 64, p. 305-320, set/dez. 2004, p. 310). Partindo do entendimento do texto, citado anteriormente, e do papel da Filosofia no Ensino Médio, considere as afirmações abaixo. I - A experiência filosófica é o momento no qual os alunos não somente conhecem a história da filosofia, mas colocam em dúvida seus pensamentos e ações. II - O Ensino de Filosofia que contribuí para a autonomia dos sujeitos é aquele em que o professor ensina o aluno a memorizar as frases filosóficas. III - O professor que busca a emancipação de seus alunos sempre apresenta a verdade de forma provisória, enquanto uma construção histórica. IV - O espaço singular, que se refere Aspis, é aquele onde o aluno se apresenta como o sujeito que não tem conhecimento para contribuir no processo de construção do saber. V - A relação que se constrói no espaço da sala de aula é mediada por uma verticalidade em que os alunos estão apenas para aprender. Estão corretas: (A) I e V, apenas. (B) II, III e IV, apenas. (C) I, III e IV, apenas. (D) I e III, apenas. (E) I, apenas. QUESTÃO 31 "Na história do pensamento ocidental, a filosofia nasce na Grécia por volta do século VI (ou VII) a.C. Por meio de longo processo histórico, surge promovendo a passagem do saber mítico ao pensamento racional, sem, entretanto, romper bruscamente com todos os conhecimentos do passado. Durante muito tempo, os primeiros filósofos gregos compartilharam de diversas crenças míticas, enquanto desenvolviam o conhecimento racional que caracteriza a filosofia. Essa passagem do mito à razão significa precisamente que já havia, de um lado, uma lógica do mito e que, de outro lado, na realidade filosófica ainda está incluído o poder do lendário." (Gilberto Cotrim) Sobre o surgimento da Filosofia e a passagem da explicação mítica da realidade para uma explicação filosófica, pode-se afirmar que: (A) Conforme o texto acima, na passagem da explicação mítica para a explicação filosófica percebe-se que a filosofia trata as questões com mais generalidade e abrangência. (B) As explicações mitológicas e filosóficas são lógicas e racionais, só se diferem quanto ao assunto. (C) Podemos afirmar que a antropologia foi a primeira corrente de pensamento, surgida na Grécia Antiga por volta do século VI a.C. (D) Os filósofos que viveram depois de Sócrates se preocupavam muito com o Universo e com os fenômenos da natureza. (E) O fragmento "Pois pensar e ser é o mesmo" de Parmênides, reflete o que o autor diz acima sobre a coexistência do mítico no filosófico. QUESTÃO 32 A filosofia grega tipifica a racionalidade humana e o conhecimento a partir de elementos naturais que representam a luz; conhecer envolve um discernimento relacionado à visão e nitidez, como podemos perceber nas citações abaixo, exceto: (A) "Pois os olhos são testemunhas mais exatas que os ouvidos" Fr. 101; Heráclito (540-470 a.C.) (B) " ... quando apressavam a enviar-me as filhas do Sol, deixando as moradas da Noite, para a luz, ... Necessário é o dizer e pensar que (o) ente é; pois é ser e nada não é;" Fr 1; Fr 6; Parmênides (530-460 a.C.) (C) "... que no mundo visível, foi ela que criou a luz, da qual é senhora; e que, no mundo inteligível, é ela a senhora da verdade e da inteligência, e que é preciso vê-la para se ser sensato na vida particular e pública." República, 517 a-d; Platão (427-347 a.C.) (D) "Todos os homens desejam por natureza o saber. Sinal disto é o apreço pelas sensações ... mais do que as outras, a que se dá através dos olhos; ... A causa disto é que dentre as sensações é esta a que mais nos faz conhecer e nos mostra muitas diferenças." Metafísica; L I. 980a; Aristóteles (384-322 a.C.) (E) "A justiça em sentido restrito é igual ao correto e equitativo", Livro 1, Ética a Nicômaco; Aristóteles (384-322 a.C.) QUESTÃO 33 Para Platão, a ideia de Bem torna-se o escopo do que seja verdadeiro e belo, podemos afirmar sobre o pensamento do filósofo, EXCETO: (A) A ideia de Bem origina todas as outras ideias no mundo das ideias. (B) O mundo das ideias determina o mundo real, sendo o primeiro cópia do segundo. (C) A alma humana é constituída de três partes, sendo elas representadas por um cocheiro e dois cavalos, na obra Fedro de Platão, a justiça seria cada uma cumprir a sua parte. (D) Platão retoma e aprofunda os ideais gregos de Beleza, Bondade e Verdade, preconizados harmonicamente segundo Sócrates. (E) O filósofo deveria estudar matemática para chegar ao nível de abstração necessário ao entendimento do mundo das ideias. QUESTÃO 34 Por que, segundo Aristóteles, devemos afirmar que o homem é um animal político? (A) Porque a política não faz parte da vida humana. (B) Para o filósofo Aristóteles, o homo sapiens é a seus olhos um homo-politicus, visto que a racionalidade humana é política, filha da cidade. (C) Este questionamento não se relaciona a Aristóteles. (D) Filosofia política é o estudo sobre a natureza do poder e da autoridade; idéia de direito, lei, justiça, dominação, violência. Não define o ser humano. (E) Nenhuma das afirmações está correta. QUESTÃO 35 A filosofia helenística foi marcada por várias escolas, que no período pós-socrático, do final do período clássico (320 a.C.) até o começo da Era Cristã, caracterizou-se por uma preocupação com questões morais e subjetivas, tendo como um dos temas a felicidade. Sobre este período é correto afirmar, EXCETO: (A) Para os estóicos, todas as pessoas fazem parte de uma mesma razão universal e todos processos naturais são regidos pelas constantes leis da natureza. (B) Tanto os epicuristas como os estóicos propunham que a felicidade está na harmonia com a natureza, embora com concepções de natureza diferentes entre estas correntes filosóficas, que postulam comportamentos diferentes. (C) Epicuro acreditava que a felicidade está no prazer, que precisa ser buscado de forma racional e reflexiva, ao ponto de desfrutar de um prazer duradouro; ou seja, um prazer real e verdadeiro, não apenas aparente, pois o prazer aparente leva a dor num segundo momento. (D) A filosofia cristã é considerada a principal corrente deste período, analisada pelos historiadores da filosofia como a principal fonte de influência da época. (E) Os céticos, tal como os estóicos e epicuristas, preocupavam-se com a busca da felicidade; e para os céticos isso implica na eliminação de tudo o que produz inquietação e que leva a imperturbalidade. Estes filósofos afirmam não ser possível o conhecimento referir-se às coisas em si. QUESTÃO 36 Sobre a filosofia medieval, é correto afirmar que: (A) Santo Agostinho escreve a partir de uma epistemologia idealista; discute as questões do ser, mas não aprofunda as questões axiológicas. (B) Tomás de Aquino não se preocupa com as causas da existência de Deus, pois para ele, em concordância com Aristóteles, Deus é o primeiro motor imóvel. (C) A partir do pensamento de Tomás de Aquino pode-se concluir que nenhuma verdade de fé poderia afirmar uma verdade da razão; mas quando a segunda parece contradizer a primeira; percebe-se um erro, visto que a razão humana é fraca. (D) Através do agostinismo político, foi possível ao Santo Agostinho, defender o poderio da igreja católica. (E) Em termos epistemológicos, para Tomás de Aquino, a razão aperfeiçoou a fé; a filosofia aperfeiçoou a teologia; e no embate entre estas, a razão e a filosofia prevalecem. QUESTÃO 37 Considerando a concepção de justiça de Aristóteles e Tomás de Aquino, podemos afirmar, EXCETO: (A) Aristóteles concebe a justiça como expressão ética dos princípios de igualdade e proporcionalidade, distinguindo dois tipos de justiça; a comutativa e a corretiva. (B) Justitia est ad alterum, a justiça é estabelecida na relação com Deus, segundo Tomás de Aquino, no que se refere às decisões, a relação determinante é a relação com Deus. (C) Aristóteles com a Justiça distributiva esclarece o que o todo deve às partes. Sobre o que as partes devem ao todo, não o define. Quem o faz é Tomás de Aquino, ao que denomina Justiça Social, que consiste na contribuição dos membros da sociedade para o bem comum. (D) Tomás de Aquino considera a Justiça como a proporção entre um homem e outro, sendo o princípio principal a alteridade; a justiça é verificada dentro das relações sociais. (E) A Justiça Distributiva, segundo Aristóteles, tem o Estado como o sujeito das obrigações, o mesmo distribui a cada um segundo seu mérito, devido à gradação existente na virtude e no crime, numa relação de proporção geométrica. QUESTÃO 38 No que diz respeito às questões do conhecimento, podemos afirmar que: (A) Descartes (1596-1650) utiliza o termo Cógito (penso) para definir a substância pensante que compõe o homem. (B) John Locke (1632-1704) realiza uma investigação sobre a capacidade de pensar. A mente é uma "tábula rasa" cuja sensação permite "Ideias simples" que se tornam "Ideias complexas". (C) David Hume (1711-1776) considera que "A mente é o teatro das paixões", para ele a "Experiência sensível" é a única fonte de conhecimento. Nosso conhecimento começa nas impressões. (D) Bacon (1561-1626) ataca os ídolos e falsos conceitos que dominaram o conhecimento e não permitem sua ampliação e chegada à verdade, dentre eles temos os Ídolos da tribo; em que o entendimento humano reproduz a realidade como um falso espelho, misturando sua natureza a dos objetos. (E) Todas as afirmações estão corretas em relação aos conceitos dos autores citados. QUESTÃO 39 O que pode ser observado sobre a diferença entre a física de Aristóteles e a física moderna: (A) O pensamento moderno se caracteriza pelo racionalismo, o antropocentrismo e o saber ativo. (B) Os elementos que caracterizam estas concepções citadas dizem respeito à ciência, e não influem na filosofia e em outras áreas tais como: artes, religião e política. (C) A física aristotélica considera os elementos da natureza como não mensuráveis, passíveis de uma análise quantitativa. (D) O universo na física moderna é percebido como infinito e perfeito; já na física aristotélica o universo é infinito e imperfeito. (E) Somente com a física aristotélica é possível a transformação da natureza pela ação do homem no mundo físico. QUESTÃO 40 "Dos poderes humanos o maior deles é aquele que é composto pelos poderes de vários homens, unidos por consentimento de uma só pessoa, natural ou civil, que tem o uso de todos os seus poderes na dependência de sua vontade." Leviatã, Thomas Hobbes (1588-1679) Na filosofia política de Thomas Hobbes, percebe-se que: (A) Na concepção de ser humano do autor, a natureza humana é percebida como agressiva e egoísta. (B) O contrato social institui a paz e preserva os direitos, segundo Hobbes. (C) As normas ditadas pelo Estado protegem os cidadãos contra inimigos externos e discórdias internas, daí a necessidade de um governo centralizado, conforme a teoria hobbesiana. (D) O Estado de natureza, segundo Thomas Hobbes, é um estado de guerra, em que cada um é governado pela própria razão e age em prol de sua vida, agindo da forma que lhe convém. (E) Todas afirmativas são verdadeiras GABARITO: 21B 22C 23D 24E 25A 26B 27E 28C 29D 30D 31A 32E 33B 34B 35D 36C 37B 38E 39A 40E |
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Como referenciar: "Provas - IFMT - 2018" em Só Filosofia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 03/12/2024 às 14:14. Disponível na Internet em http://filosofia.com.br/vi_prova.php?id=263