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Provas de concursos e vestibular
(26/Set) | IFPI - CSEP - 2017 | |||
21. A crítica de Parmênides a Heráclito, ao caracterizar o movimento como um aspecto superficial das coisas e sustentar que além da experiência dos sentidos está a Verdadeira realidade, única e imutável, introduz uma das distinções mais básicas do pensamento filosófico antigo:
a) Entre mythos e logos. b) Entre monismo e paradoxo. c) Entre realidade e aparência. d) Entre lógica e dialética. e) Entre senso comum e filosofia. 22. Aristóteles distingue os vícios e virtudes pelos critérios do excesso, da falta e da moderação. Para ele, enquanto a virtude é um sentimento ou conduta moderada, o vício ocorre de dois modos: pela falta da virtude ou pelo excesso da mesma. Assinale a sequência CORRETA dos vícios por deficiência e dos vícios por excesso que correspondem, especificamente, às virtudes da coragem, do respeito próprio, da gentileza, e da prodigalidade. a) Covardia e temeridade; modéstia e vaidade; avareza e esbanjamento; indiferença e irascibilidade. b) Covardia e temeridade; condescendência e vaidade; indiferença e inveja; vileza e vulgaridade. c) Covardia e orgulho; indiferença e vaidade; vileza e temeridade; avareza e condescendência. d) Covardia e orgulho; modéstia e vaidade; avareza e irascibilidade; vileza e inveja. e) Covardia e temeridade; modéstia e inveja; indiferença e temeridade; orgulho e esbanjamento. 23. Indique as principais características da ciência moderna: a) Projeção do modelo cosmológico heliocêntrico; noção de espaço finito; postulação de uma concepção de ciência contemplativa. b) Rejeição do modelo cosmológico geocêntrico; noção de espaço finito; postulação de uma concepção de ciência ativa. c) Projeção do modelo cosmológico heliocêntrico; noção de espaço finito; postulação de uma concepção de ciência ativa. d) Rejeição do modelo cosmológico geocêntrico; noção de espaço infinito; postulação de uma concepção de ciência ativa. e) Rejeição do modelo cosmológico geocêntrico; noção de espaço finito; postulação de uma concepção de ciência contemplativa. 24. O projeto filosófico de Descartes pode ser considerado como: a) Uma defesa do ceticismo proposto por Montaigne e Hume. b) Uma defesa da escolástica inspirada em Aristóteles e sistematizada por Tomás de Aquino. c) Uma defesa do empirismo elaborado por Bacon e Locke. d) Uma crítica filosófica ao modelo cosmológico de Copérnico, Kepler e Galileu. e) Uma defesa do novo modelo de ciência inaugurado por Copérnico, Kepler e Galileu. 25. Dentre as alternativas abaixo relacionadas, indique qual noção teórica é utilizada para fundamentar a argumentação utilizada na seguinte citação: "O discurso ideológico é o discurso dogmático, não-crítico, que resiste à interpelação, que é incapaz de explicitar seus fundamentos, de apresentar suas justificativas. Não é apenas pelo que diz, que pode ser considerado ideológico, mas principalmente pelo modo como diz. Nesse sentido, a ideologia não se contrapõe à ciência, a um saber verdadeiro, não-deológico, mas sim à crítica, ao questionamento, à possibilidade de oferecer justificativas à interpelação, à possibilidade de ter pressupostos examinados". (MARCONDES, Danilo. Filosofia, Linguagem e Comunicação. São Paulo: Cortez, p.124-125). a) A noção de narrativa de Paul Ricoeur. b) A noção de ideologia de Destutt de Tracy. c) A noção de ideologia de Marx e Engels. d) A noção de ação comunicativa de Jürgen Habermas. e) A noção de jogos de linguagem de Ludwig Wittgenstein. 26. Na perspectiva contemporânea, muitas vezes, o cientista é equiparado a um mito. Ideologicamente, essa comparação pode ser descrita como: a) Elogiosa, porque o mito é assinalado como um adjetivo de exaltação acerca do papel social do cientista. b) Verídica, porque demonstra que através de paradigmas científicos que o cientista é também uma autoridade moral. c) Perigosa, porque os mitos moldam comportamentos e inibem o pensamento autônomo. d) Inofensiva, porque cientista e mito constituem classes especializadas distintas de pensamento. e) Crítica, porque nenhuma revolução científica pode sobrepujar o papel dos mitos na evolução da história da humanidade. 27. A concepção kantiana de conhecimento sustenta: a) A tese que propõe a superação da dicotomia entre idealismo e empirismo. b) A tese de que não existem ideias e princípios inatos. c) A tese segundo a qual as ideias e os princípios do entendimento derivam da experiência sensível. d) A tese que o conhecimento verdadeiro e não-transitório decorre do acesso a uma realidade não-sensível, composta exclusivamente por ideias. e) A tese segundo a qual as ideias são verdades eternas e imutáveis. 28. As obras "Novum Organum", "Ensaio acerca do entendimento humano" e "Investigação sobre o entendimento humano", foram escritas por: a) George Berkeley, John Locke e David Hume. b) Roger Bacon, John Locke e David Hume. c) Francis Bacon, David Hume e John Locke. d) Francis Bacon, John Locke e David Hume. e) Roger Bacon, David Hume e John Locke. 29. Kant concorda, respectivamente, com empiristas e racionalistas em relação aos seguintes tópicos: a) Que a forma a priori da sensibilidade é o tempo e que a forma a posteriori da sensibilidade é o espaço. b) Que o entendimento é composto pela faculdade de julgar e pela experiência sensível. c) Que o conhecimento só é possível pelo númeno e pelo fenômeno. d) Que aquilo que vem de fora de nós é a forma do conhecimento; e que aquilo que vem de dentro de nós é a matéria do conhecimento. e) Que aquilo que vem de fora de nós é a matéria do conhecimento; e que aquilo que vem de dentro de nós é a forma do conhecimento. 30. A crítica ao modelo de ensino de filosofia caracterizado pela transmissão de conhecimentos e a proposição de um ensino de filosofia como uma experiência com o pensamento filosófico pode ser encontrada nos escritos de: a) Habermas e Horkheimer. b) Marx e Adorno. c) Deleuze e Foucault. d) Dewey e Rorty. e) Wittgenstein e Searle 31. Na língua portuguesa, anomalia é o estado ou qualidade do que é anômalo; refere-se à anormalidade; é qualquer irregularidade de um corpo, objeto, fenômeno. No século vinte, há uma imagem teórica de ciência que adiciona a categoria anomalia, assegurando ser esta um sinal grave de crise na ciência e que seu aparecimento causa mudança de paradigmas ou contribui significativamente para isso. Sobre o defensor dessa teoria, assinale o que for CORRETO: a) Esta categoria compõe a teoria de Paul Feyerabend. b) Esta categoria compõe a teoria de Imre Lakatos. c) Esta categoria compõe a teoria de Bruno Latour. d) Esta categoria compõe a teoria de Francis Bacon. e) Esta categoria compõe a teoria de Thomas Kuhn. 32. Uma questão recorrente e relevante em filosofia da ciência, no último século, é a substituição de uma teoria por outra mais satisfatória. Vários pensadores assentem sobre o problema. Sobre isto, Karl Popper cria um esquema relacionando T1 (teoria anterior) e T2 (teoria que suplantou ou progrediu para além de T1). O esquema pressupõe que o conteúdo das teorias desempenha um importante papel e, evidencia algumas condições para que T2 suplante T1: 1 - T2 faz asserções mais precisas do que T1 e estas asserções mais precisas resistem a testes mais rigorosos. 2 - T2 leva em conta e explica maior número de fatos do que T1. 3 - T2 agrega o maior número de cientistas possível, em seu entorno, que passam a desconsiderar T1. 4 - T2 reuniu ou relacionou diversos problemas não relacionados em T1. A partir das proposições acima, assinale o CORRETO: a) 1, 2, e 3 estão corretas. b) 1, 2 e 4 estão corretas. c) 3 e 4 estão corretas. d) 2 e 3 estão corretas. e) Somente 4 está correta. 33. A partir do século XIII, a Europa empreendeu um processo intenso de centralização política, que logo permitiu que alguns países se unificassem e criassem uma mentalidade política nova. Suíça, Portugal e Inglaterra foram os primeiros, mas logo a França e a Espanha também conseguiram formar entidades políticas unificadas, conhecidas como Estado Nacional. A Itália, no século XIV, começou ter vários problemas, comprometendo a independência dos Estados italianos, em razão da força dos seus vizinhos. Apesar de ser a região mais rica da Idade Média, com suas cidades comerciantes, como Veneza e Gênova, não conseguiu seguir um processo de unificação nacional. Existia uma grande frustração, no século XVI, por conta da ausência de uma Itália unificada. A Itália estava desunida, e em decadência social, apenas meios políticos poderiam salvá-la. A quem caberia esta missão? Ao Principado ou à República? É esse cenário que Maquiavel irá problematizar em sua teoria política, especialmente no obra "O príncipe". A teoria política de Maquiavel constitui um marco inestimável na trajetória da ciência política universal. Entre as máximas que compõem a base de seu pensamento está: a) homo homini lúpus. b) o homem nasce livre e por toda parte encontra ferros que o aprisionam. c) o consentimento das massas é a melhor garantia de estabilidade para qualquer regime. d) em sociedade, age de uma maneira tal, racional, que teu agir se torne lei universal. e) por natureza, o homem é Zoon Polítikon. 34. Maquiavel analisa o descompasso entre os pressupostos éticos e políticos e seculariza a política. Sua perspectiva teórica rejeita todo idealismo referente ao homem e à política, e se fixa ao real. Governar é um ato prático que deverá ser eficiente, não idealizado, como ocorre em Platão. Para tanto, é importante a Virtù. Esse conceito em Maquiavel significa: 1 - A virtù maquiavélica é a arte de agir (politicamente) segundo as exigências (temporalmente concretas) do objeto (entendido como obstáculo, desafio). 2 - Maquiavel ainda segue os conceitos clássicos e cristãos de virtude: phronesis e temperança. 3 - A qualidade do grande líder político que implica em uma ação eficaz. A virtù expressa uma práxis vitoriosa; armar-se com a virtù é saber agir de acordo as circunstâncias. 4 - Virtù é sinônimo de fortuna, e, assim sendo, somente a fortuna guia o grande líder. Assinale a assertiva VERDADEIRA: a) 2 e 4 estão corretos. b) 1 e 3 estão corretos. c) 1 e 4 estão corretos. d) 1, 2, 3 e 4 estão corretos. e) 1, 3 e 4 estão corretos. 35. Ao tratar o fenômeno da religião, Maquiavel, em um primeiro momento, parece nos indicar apenas os acontecimentos históricos que narra no decorrer de seus escritos, exemplo que pode ser encontrado no capítulo onze de "O Príncipe". Discorrendo sobre os Estados eclesiásticos, afirma que todas as dificuldades em relação à fortuna e a virtù precedem ao momento da conquista, e, observa ele: mesmo sem virtù e sem fortuna, este modelo de Estado se mantém. Sobre isso, assinale apenas a assertiva VERDADEIRA: a) Os Estados eclesiásticos são sustentados pelas antigas ordens da religião, as quais têm sido tão poderosas e de tal qualidade, que conservam os seus príncipes, no Estado, não importando o modo como procedam e vivam. b) Os Estados eclesiásticos defendem seus domínios com o apoio de tropas próprias, mistas, e nunca se utilizam de forças mercenárias, que são perigosas, prejudiciais e possuem soldados desunidos, ambiciosos e infiéis, por isso mantém o poder. c) Os Estados eclesiásticos são sustentados por um poder a-temporal e limitado. d) Os Estados eclesiásticos trouxeram como consequência dos seus domínios o engrandecimento do poder da igreja, em todo o ocidente, por isso se mantém no poder, não importando o modo como procedam e vivam. e) Os Estados eclesiásticos, por sua força a-temporal, impediam que os governos existentes estendessem seus domínios, e evitavam que quaisquer estrangeiros invadissem a Europa com seus exércitos. 36. No desafio de defender as artes da estética negativa de Platão, a teoria da arte de Aristóteles é considerada um contraponto do que seu mestre Platão afirmou. Nesse sentido, pode-se afirmar que: a) Aristóteles concorda com o conceito de mímesis criado por Platão. b) Considera a arte como mímesis, no sentido da cópia que mais se aproxima do que é imitado, não dando margens à criação estética para a invenção, criação ou interpretação do real. c) Aristóteles considera que o homem é um animal mimético e que uma das funções da imitação é trazer satisfação e prazer, pois tem um efeito catártico no espectador. d) Para Aristóteles, assim como para Platão, a arte trágica é arte de menor valor estético. e) Todas as alternativas estão corretas. 37. Na Idade Média, a Teoria Estética engajou vários movimentos de acordo com interpretações que faziam da Teoria da Mímesis, tanto de Platão quanto de Aristóteles. Assim, podem-se notar expressões artísticas como a dos artistas maneiristas, que se distinguiram dos cânones da arte clássica ao proporem uma arte que: I - Procurava imitar a arte clássica e seus ideais de proporção, harmonia e medida. II) - Representavam figuras quase sempre de proporções estranhas, em perspectivas distorcidas, e cheias de detalhes, superando a ideia de modelo perfeito dos clássicos renascentistas. III - Se aproximava mais do naturalismo, por buscar representar as figuras humanas em situação de tensão emocional, fato esse observado tanto nas pinturas como na escultura desses artistas. IV - Os artistas do movimento maneirista buscam superar a forma do belo ideal clássico e buscam uma representação artística mais livresca, tal como vai acontecer mais tarde com a arte moderna. Leia as afirmações acima e marque a alternativa CORRETA: a) Somente as alternativas I e IV estão corretas. b) Somente as alternativas I, II e III estão corretas. c) Somente as alternativas II e III estão corretas. d) Somente as alternativas II, III e IV estão corretas. e) Somente as alternativas II e IV estão corretas. 38. Na tentativa de empreender uma ruptura ou "corte epistemológico" com toda filosofia, as ciências humanas procuraram estabelecer uma revolução, criando um método próprio de investigação que se aproximasse o quanto possível do ideal de cientificidade. (Texto adaptado de JAPIASSU, H. Nascimento e morte das ciências humanas.) Diante desse enunciado, analise as afirmativas abaixo e marque a alternativa CORRETA. I - Émile Durkheim foi um dos principais defensores dessa revolução ao recomendar que os "fatos ou fenômenos sociais" fossem tratados como coisas. II - A estatística é um dos usos metodológicos mais empregados pelas ciências humanas, por ser empírico, infalível e irrefutável. III - A grande vantagem do método estatístico nas ciências humanas é que ele dispensa as interpretações históricas e culturais. IV - Sem considerar os métodos de caráter interpretativos e compreensivos as ciências humanas caem na armadilha do mito da cientificidade. a) Somente as afirmativas I, II e IV estão corretas. b) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas. c) Somente as afirmativas II, III e IV estão corretas. d) Somente as afirmativas I e IV estão corretas. e) Todas as afirmativas estão corretas. 39. O pesquisador pode utilizar vários tipos de métodos de raciocínios ao formular uma hipótese. Sobre esses raciocínios, marque a alternativa INCORRETA: a) O método fenomenológico leva em consideração a subjetividade e a considera necessária para chegar a um critério de verdade. b) O êxito do raciocínio hipotético-dedutivo depende da validade das hipóteses. c) A analogia é um estabelecimento de relações de semelhanças. d) A dedução é o método mais usado nas ciências experimentais. e) A indução é uma generalização de casos diferentes e particulares. GABARITO: 21C 22A 23D 24E 25D 26C 27A 28D 29E 30C 31E 32B 33C 34B 35A 36C 37D 38D 39D |
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Como referenciar: "Provas - IFPI - CSEP - 2017" em Só Filosofia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 11/12/2024 às 17:58. Disponível na Internet em http://filosofia.com.br/vi_prova.php?id=239