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Provas de concursos e vestibular

 
(19/Mar) Empresa de Pesquisa, Tecnologia e Serviços - Unitau - 2016
 
Conhecimentos Específicos

36. Assim como toda palavra tem uma história, a palavra "Filosofia" possui uma que contextualiza sua criação e organização enquanto pensamento sistemático. Buscando compreender a Filosofia, defini-la etimologicamente é um primeiro passo. Considerando etimologia como a parte da gramática que trata da história ou origem das palavras e da explicação do significado de palavras por meio da análise dos elementos que as constituem, pode-se afirmar que quem inventou a palavra Filosofia foi _____________ e que seu significado etimológico é _____________.
a) Aristóteles. Filo+Sofia: que significa reino (filo) da intuição sensível (sophos).
b) Pitágoras de Samos. Filo+Sofia: que significa amor (philia) à sabedoria (sofia).
c) Tales de Mileto. Filo+Sofia: que significa conhecimento (filo) da intuição sensível (sophos).
d) Heráclito de Éfeso. Filo+Sofia: que significa amor (philia) à sabedoria (sofia).

37. Em sua obra denominada Física, Aristóteles dedica-se detalhadamente à análise do conceito de movimento. Para ele, movimento tem significado de mudança. Na terminologia de Aristóteles, essa mudança representa:
a) a passagem daquilo que está em "potência" para o "ato" (realidade).
b) o movimento do cosmos que, impulsionado pelo sopro divino, provoca a mudança em tudo que existe racionalmente no mundo.
c) a forma ilusória de como o mundo se apresenta para nós, pois a mudança é mera aparência.
d) que o mundo é incognoscível a nós, pois, tudo está em constante transformação.

38. A filosofia pré-socrática buscava explicar a origem de todas as coisas em um princípio ordenador. Para os filósofos Tales de Mileto, Anaximandro, Anaxímenes, Demócrito de Abdera e Empédocles, esse princípio era, respectivamente:
a) Água; Ar; Apeíron; Átomo e os quatro elementos (água, ar, terra e fogo).
b) Água; Átomo; os quatro elementos (água, ar, terra e fogo); Ar e Apeíron.
c) Os quatro elementos (água, ar, terra e fogo); Apeíron; Átomo; Água e Ar.
d) Apeíron; os quatro elementos (água, ar, terra e fogo); Átomo; Ar e Água.

39. Epicuro foi um filósofo que discursava sobre a felicidade. Ele foi um importante pensador para sua época, marcando o período da História da Filosofia conhecido por:
a) Medieval.
b) Moderno.
c) Contemporâneo.
d) Helenístico.

40. O livro Discurso do Método de René Descartes é dividido em seis partes, nas quais o autor apresenta um guia para conduzir de forma matemática o pensamento humano. Na segunda parte o autor expõe as quatro regras básicas do método utilizado por ele para a prática científica. São elas, respectivamente, na ordem da primeira à quarta:
a) Dividir o assunto em quantas vezes for necessário a fim de melhor solucioná-lo. Nunca aceitar algo como verdadeiro sem antes verificar sua procedência e se tiver algum vestígio de dúvida. Conduzir a ordem dos pensamentos a partir dos mais simples aos mais complexos. Revisar as conclusões detalhadamente a fim de que nada seja omitido e que seja coerente.
b) Conduzir a ordem dos pensamentos a partir dos mais simples aos mais complexos. Revisar as conclusões detalhadamente a fim de que nada seja omitido e que seja coerente. Nunca aceitar algo como verdadeiro sem antes verificar sua procedência e se tiver algum vestígio de dúvida. Dividir o assunto em quantas vezes for necessário a fim de melhor solucioná-lo.
c) Nunca aceitar algo como verdadeiro sem antes verificar sua procedência e se tiver algum vestígio de dúvida. Dividir o assunto em quantas vezes for necessário a fim de melhor solucioná-lo. Conduzir a ordem dos pensamentos a partir dos mais simples aos mais complexos. Revisar as conclusões detalhadamente a fim de que nada seja omitido e que seja coerente.
d) Dividir o assunto em quantas vezes for necessário a fim de melhor solucioná-lo. Conduzir a ordem dos pensamentos a partir dos mais simples aos mais complexos. Nunca aceitar algo como verdadeiro sem antes verificar sua procedência e se tiver algum vestígio de dúvida. Revisar as conclusões detalhadamente a fim de que nada seja omitido e que seja coerente.

41. A prova ontológica cartesiana de Deus tem duas partes: a primeira consiste em inferir da ideia clara e distinta da essência de Deus o conhecimento verdadeiro dessa essência, que é caracterizada como a de um ente sumamente perfeito. A segunda parte tem como premissa inicial o conhecimento da essência de Deus. A partir desse conhecimento é provada a sua existência. A principal objeção à primeira parte da prova se baseia na crítica de S. Tomás ao argumento de S. Anselmo. Essa principal objeção consiste em:
a) afirmar que a existência é um predicado real e que, portanto, pode ser uma propriedade de objetos.
b) demonstrar matematicamente que Deus existe é um desafio aos filósofos modernos.
c) provar que Deus é um ser supremo, porém imperfeito.
d) afirmar que do conceito de Deus não se pode inferir a sua existência, como pretendeu demonstrar o argumento de S. Anselmo.

42. A famosa discussão entre Heráclito de Éfeso e Parmênides de Eléia trata do problema da mudança no mundo. Heráclito afirma que tudo na natureza está em constante transformação, "tudo flui", "panta rei", e Parmênides vai justamente afirmar que a mudança é mera aparência, pois a essência das coisas permanece sempre a mesma e não muda nunca: "o ser é e, o não ser, não é". Pode-se concluir, da afirmação de Heráclito:
a) O conhecimento é alcançado apenas através da sensação, uma vez que ele adéqua sentimento e razão.
b) A impossibilidade do conhecimento, uma vez que tudo se transforma.
c) O coração possui razões que a própria razão desconhece.
d) Só sei que nada sei.

43. Para o filósofo iluminista Immanuel Kant, só há conhecimento quando:
a) a experiência oferece conteúdos à sensibilidade e ao entendimento, pois a razão, separada da sensibilidade e do entendimento, não conhece coisa alguma, e não é sua função conhecer.
b) a razão oferece conteúdos ao entendimento, pois a racionalidade, separada da sensibilidade e do entendimento, apenas conhece através dos dados sensoriais.
c) a experiência oferece conteúdos à sensibilidade e ao entendimento, e a razão, unida à sensibilidade e ao entendimento, produz racionalmente o conhecimento.
d) o sentimento, aliado à razão, pode produzir conhecimentos verdadeiros sem limites.

44. De onde vieram os princípios racionais? De onde veio a capacidade para a intuição e para o raciocínio? Nascemos com eles? Ou nos seriam dados pela educação e pelo costume? Durante séculos, a Filosofia ofereceu duas respostas a essas perguntas. São elas:
a) A primeira ficou conhecida como materialismo, e a segunda, como estruturalismo.
b) A primeira ficou conhecida como inatismo, e a segunda, como empirismo.
c) A primeira ficou conhecida como a priori, e a segunda, como inatismo.
d) A primeira ficou conhecida como existencialismo, e a segunda, como positivismo.

45. ____________________ considerava que só podemos pensar sobre aquilo que permanece sempre idêntico a si mesmo, isto é, que o pensamento não pode pensar sobre as coisas que são e não são, que ora são de um modo e ora são de outro, que são contrárias a si mesmas e contraditórias. Conhecer é alcançar o idêntico, imutável. Nossos sentidos nos oferecem a imagem de um mundo em incessante mudança, num fluxo perpétuo, onde nada permanece idêntico a si mesmo: o dia vira noite, o inverno vira primavera, o doce se torna amargo, o pequeno vira grande, o grande diminui, o doce amarga, o quente esfria, o frio se aquece, o líquido vira vapor ou vira sólido. Como pensar o que é e o que não é ao mesmo tempo? Como pensar o instável? Como pensar o que se torna oposto e contrário a si mesmo? Não é possível, dizia esse filósofo. Pensar é dizer o que um ser é em sua identidade profunda e permanente.
a) Heráclito de Éfeso
b) Parmênides de Eléia
c) Demócrito de Abdera
d) Empédocles

46. Pelo fato de estar na História e ter uma história, a Filosofia costuma ser apresentada em grandes períodos que acompanham, às vezes de maneira mais próxima, às vezes de maneira mais distante, os períodos em que os historiadores dividem a História da sociedade ocidental. Estes períodos são: Filosofia Antiga, Filosofia Patrística, Filosofia Medieval, Filosofia da Renascença, Filosofia da Ilustração e Filosofia Moderna. A Filosofia Patrística pode ser sintetizada na seguinte afirmação:
a) A Filosofia patrística é conhecida com o nome de Escolástica. A Filosofia patrística teve como principais influências Platão e Aristóteles, embora o Platão que os medievais conhecessem fosse o neoplatônico, e o Aristóteles que conhecessem fosse aquele conservado e traduzido pelos árabes, particularmente Avicena e Averróis.
b) A Filosofia patrística é conhecida como o "surgimento do sujeito do conhecimento", isto é, a Filosofia, em lugar de começar seu trabalho conhecendo a Natureza e Deus, para depois referir-se ao homem, começa indagando qual é a capacidade do intelecto humano para conhecer e demonstrar a verdade dos conhecimentos.
c) A Filosofia patrística resultou do esforço feito pelos dois apóstolos intelectuais (Paulo e João) e pelos primeiros Padres da Igreja para conciliar a nova religião - o Cristianismo - com o pensamento filosófico dos gregos e romanos. A Filosofia patrística liga-se, portanto, à tarefa religiosa da evangelização e à defesa da religião cristã contra os ataques teóricos e morais que recebia dos antigos.
d) A Filosofia patrística foi fortemente marcada pela miscigenação entre o oriente e o ocidente com as invasões de Alexandre o Grande. O principal tema estudado pelos filósofos desse período é a felicidade e o desprendimento das coisas do mundo material.

47. Não interessa se cada um de nós vê cores de uma certa maneira, gosta mais de uma cor ou de outra, ouve sons de uma certa maneira, gosta mais de certos sons do que de outros, etc. O que importa é que nada pode ser percebido por nós se não possuir propriedades espaciais; por isso, o espaço não é algo percebido, mas é o que permite haver percepção. Assim, podemos afirmar que, segundo Immanuel Kant, o espaço é:
a) a forma a posteriori do entendimento, e existe em nossa razão antes e sem a experiência.
b) a forma a priori do entendimento, e existe em nossa percepção antes e sem a experiência.
c) a forma a priori da sensibilidade, e existe em nossa razão antes e sem a experiência.
d) a forma a posteriori da razão, e existe em nossa sensação antes e sem a experiência.

48. Para David Hume, a razão pretende, por meio de seus princípios, seus procedimentos e suas ideias, alcançar a realidade em seus aspectos:
a) particulares e contingentes.
b) universais e necessários.
c) universais e contingentes.
d) particulares e necessários.

49. A teoria liberal do filósofo iluminista John Locke parte da definição do direito:
a) natural como direito à vida, à liberdade e aos bens necessários para a conservação de ambas.
b) civil como direito à vida, à liberdade e aos bens necessários para a conservação de ambas.
c) natural como direito à vida e à liberdade.
d) civil como direito à vida e à liberdade.

50. Qual filósofo inferiu a seguinte premissa: "David Hume me despertou do sono dogmático"?
a) René Descartes.
b) Francis Bacon.
c) Jean-Jacques Rousseau.
d) Immanuel Kant.

GABARITO:
36B
37A
38A
39D
40C
41D
42B
43A
44B
45B
46C
47C
48B
49A
50D
     

 
 
Como referenciar: "Provas - Empresa de Pesquisa, Tecnologia e Serviços - Unitau - 2016" em Só Filosofia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 04/12/2024 às 15:46. Disponível na Internet em http://filosofia.com.br/vi_prova.php?id=227