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Provas de concursos e vestibular

 
(08/Jun) Instituto Federal Catarinense - IESES - 2015
 
11. A filosofia, como a entendemos hoje, tem seu início no século VI a.C., na Grécia Antiga. Poderia ter surgido em qualquer lugar, mas naquele momento da história diversas coisas ocorriam para que ali fosse seu começo. Atualmente, o consideramos como o primeiro filósofo, os fragmentos que restaram de seus escritos nos mostram a tentativa dele em explicar sobre o que forma o mundo. Para ele, existe um elemento material que forma todas as coisas, a água. Podemos encontrar água em todos os locais. Ao furar o solo, se nos cortamos, dentro do tronco das árvores, nas rochas das nascentes dos rios. Se a água está em tudo, é porque ela forma tudo. Referimo-nos a:
a) Platão.
b) Aristóteles.
c) Parenteus.
d) Tales de Mileto.

12. O mito surge a partir da necessidade de explicação sobre a origem e a forma das coisas, suas funções e finalidade, os poderes do divino sobre a natureza e os homens. Ele vem em forma de narrativa, criada por um narrador que possua credibilidade diante da sociedade, poder de liderança e domínio da linguagem convincente. Segundo Chauí (2000), o mito possui três principais funções. São elas:
a) Explicar, entreter e acalmar.
b) Explicar, organizar e compensar.
c) Explicar, organizar e acalmar.
d) Iludir, entreter e compensar.

13. Os gregos antigos enxergavam vida em quase tudo que os cercavam, e buscavam explicações para tudo. A imaginação fértil deste povo criou personagens e figuras mitológicas das mais diversas. Heróis, deuses, ninfas, titãs e centauros habitavam o mundo material, influenciando em suas vidas. A medusa era um exemplo de monstro com cabelos de serpentes. As medusas eram:
a) Centauros.
b) Ninfas.
c) Górgonas.
d) Sátiros.

14. De acordo com os gregos, os deuses habitavam o topo do Monte Olimpo, principal montanha da Grécia Antiga. Deste local, comandavam o trabalho e as relações sociais e políticas dos seres humanos. Os deuses gregos eram imortais, porém possuíam características de seres humanos. O Deus da divindade da Guerra era:
a) Ares.
b) Poseidon.
c) Hades.
d) Atena.

15. Segundo este filósofo, a arché (comando) que comanda o mundo é o ar, um elemento não tão abstrato como o ápeiron, nem palpável demais como a água. Tudo provém do ar, através de seus movimentos: o ar é respiração e é vida; o fogo é o ar rarefeito; a água, a terra, a pedra são formas cada vez mais condensadas do ar. Estamos tratando dos pensamentos do filósofo pré-socrático:
a) Anaxímenes de Mileto.
b) Heráclito de Éfeso
c) Zenão de Eléia.
d) Pitagoras de Samos.

16. Nas suas origens e na sua acepção comum, indica o tipo de formação da criança. Assume pouco a pouco nos filósofos o significado de formação, de perfeição espiritual, ou seja, de formação do homem no seu mais alto valor. Portanto, podemos dizer que, ao modo grego, é a formação da perfeição humana. Estamos tratando da(e):
a) Práxis.
b) Episteme.
c) Éthos.
d) Paidéia.

17. O autor no século XVIII, já propunha que a criança primeiramente brincasse e praticasse esportes, pois através da brincadeira, aprenderia a linguagem, o canto, a aritmética e a geometria, e assim, criaria princípios para construção de sua autonomia. Se traçarmos um paralelo entre aquela época para a atualidade, poderemos realizar questionamentos e comparações, pois, na atualidade existem CMEIs e Pré-escolas para atendimentos das crianças, devido as mulheres estarem envolvidas no mercado de trabalho, e não exercerem como no passado o papel de cuidadora em tempo integral dos filhos. Foi um dos mais importantes autores do iluminismo francês, precursor das ideias socialistas e do romantismo. Referimo-nos a:
a) Charles de Montesquieu.
b) Jean Jacques Rousseau.
c) David Hume.
d) Immanuel Kant.

18. Para Platão, a primeira navegação era o percurso da filosofia sob o impulso do vento da filosofia naturalista, e a segunda navegação era aquela realizada por força própria em busca de uma realidade supra-sensível, ou seja, do ser inteligível. Na primeira navegação o filósofo permanece no mundo dos sentidos, e na segunda navegação existe a libertação deste mundo, atingindo o mundo das ideias. Qualidade, cores, figuras, etc., para Platão não são as verdadeiras causas de algo, mas sim com-causas. Para construir verdadeira causa, é necessário ser algo inteligível, ou seja, ideia, a forma pura do belo, sendo que qualquer coisa física supõe uma causa suprema e última de caráter:
a) Metafísico.
b) Realista.
c) Naturalista.
d) Idealista.

19. Antes de Sócrates surgir no panorama intelectual da Grécia, os filósofos estavam voltados para a explicação natural do universo, fase que ficou conhecida como pré socrática. No final do século V a.C. iniciou-se a segunda fase da filosofia grega, conhecida como socrática ou antropológica, onde a preocupação de maior vulto se relacionava com o indivíduo e a organização da humanidade. Sócrates criou um método de investigação do conhecimento através da maiêutica, conhecido como:
a) Técnica de iluminação.
b) Técnica do conhecimento.
c) Técnica de trazer a luz.
d) Técnica do autoconhecimento.

20. Nestes livros, Platão apresenta a ideia de que uma sociedade bem ordenada é aquela onde cada indivíduo desempenha a função na qual é mais habilidoso. Os hábeis com as mãos deveriam ser artesãos, os fortes devem proteger a cidade e os sábios devem governá-la. Platão pensa também sobre como deve ser a educação nesta cidade ideal, para conseguir desenvolver em cada criança o seu potencial a fim de que possa executar melhor a sua função. Cada indivíduo, para ele, será livre enquanto estiver cumprindo as leis, criadas com o intuito de melhor conduzir a cidade. Platão discute política nas obras:
a) A República e Criton.
b) A República e Leis.
c) O Banquete e Criton.
d) Fédon e Leis.

21. "Ora, estabelecemos, e repetimos muitas vezes, se bem te recordas, que cada um deve ocupar-se na cidade de uma única tarefa, aquela para a qual é melhor dotado por natureza." Esta passagem reflete a ideia do autor sobre política e democracia, trata-se de um pensamento característico da obra de:
a) Aristóteles, em "A cidade".
b) Aristóteles, em "Ética a Nicômaco".
c) Platão, em "A república".
d) Platão, em "Criton".

22. De acordo com esta teoria, as teorias das ciências devem ser formuladas e explicadas a partir da observação do mundo e da prática de experiências científicas. Portanto, este sistema filosófico descarta outras formas não científicas (fé, intuição, lendas, senso comum) como forma de geração de conhecimentos. Esta doutrina foi definida no século XVII. Referimo-nos a(o):
a) Empirismo.
b) Epicurismo.
c) Atomismo.
d) Liberalismo.

23. Partindo da consciência da obrigação moral, Kant vai postular a liberdade humana. Com efeito, a obrigação moral exclui a necessidade dos atos humanos. A obrigação não teria o menor sentido se minha conduta fosse automaticamente determinada por minhas tendências ou pelas influências que sofri. Ser moralmente obrigado é ter o poder de responder sim ou não à regra moral, é ter a liberdade de escolher entre o bem e o mal. Neste contexto, diz Kant:
a) "Não deves, então não tema".
b) "Tens culpa, então deves".
c) "Tú podes, então deves".
d) "Tú deves, então podes".

24. Eram críticos quer quanto à concepção aristotélica da metafísica quer quanto à concepção racionalista, argumentando que estas procuram transcender os limites do conhecimento humano. Para os críticos, o objetivo do conhecimento metafísico é delinear as estruturas mais gerais que suportam o nosso pensamento acerca do mundo. Esta concepção da metafísica continua a gozar de alguma popularidade entre os filósofos contemporâneos, que insistem que a metafísica tem por objectivo a caracterização do nosso esquema conceitual ou enquadramento conceitual. Estes filósofos concordam que a estrutura do mundo nos é em si própria inacessível e que os metafísicos têm de se contentar em descrever a estrutura do nosso pensamento acerca do mundo. O texto refere-se inicialmente aos críticos:
a) Realistas e Adorno.
b) Realistas e Weber.
c) Empiristas e Kant.
d) Empiristas e Hegel.

25. Nietzsche pensava que a história exibe duas espécies diferentes de moralidade. Os aristocratas, sentindo que pertencem a uma ordem mais elevada do que os outros, usam palavras como "bem" para descreverem a si mesmos, aos seus ideais e às suas características: o nascimento nobre, a riqueza, a bravura, a autenticidade e o fato de serem louros. Desprezam os outros como plebeus, vulgares, covardes, inautênticos e morenos, e designam estas características como "mal". Esta é a moral dos senhores. Os pobres e fracos, com ressentimentos relativamente ao poder dos ricos e aristocratas, erigem o seu próprio sistema contrastante de valores, uma moral de escravos ou de rebanho que premeia traços de carácter como a humildade, a simpatia e a benevolência, que beneficiam os vencidos. Ao estabelecimento deste sistema de valores, que atribui aos judeus, Nietzsche chama:
a) Divisão desigual.
b) Moral duvidosa.
c) Transmutação dos valores.
d) Moral insensata.

26. É um termo do grego antigo, empregado para sintetizar a noção de educação na sociedade grega clássica. Inicialmente, a palavra (derivada de paidos (pedós) - criança) significava simplesmente "criação dos meninos", ou seja, referia-se à educação familiar, os bons modos e princípios morais. Será na mesma Grécia que se inicia um modelo de educação com um sentido relativamente semelhante ao que se utiliza hoje.
a) Enkratéia.
b) Pachein.
c) Polidéia.
d) Paidéia.

27. Segundo Gabriel Chalita (2005), Essa atitude de observador possibilitou a este, filósofo diplomata, escrever uma das obras mais controvertidas da história da filosofia, retratando o poder de maneira realista. Esse tratado, colhido de anos de experiência em principados, como no reino de França, com Luís XII, ou com os Bórgias, Maximiliano, Júlio II e outros. O autor registra na obra o seu oferecimento a Lourenço de Médice, para ser digno de confiança e, acima de qualquer outro desejo, para a redenção da Itália. Este autor é:
a) Maquiavel.
b) Hobbes.
c) Locke.
d) Marx.

28. Segundo René Descartes, a razão é a única via segura pela qual o conhecimento do mundo pode ser obtido. Particularmente, a visão racionalista de Descartes defende a possibilidade de alcance de uma verdade absoluta, incontestável. Mas afinal, como seria viável desenvolver o conhecimento em busca desse tipo de verdade superior? De acordo com o pensamento cartesiano, era necessário:
I. Primeiramente duvidar de todo conhecimento acumulado anteriormente sobre um assunto.
II. Ter claro a necessidade sobre a importância dos conhecimentos anteriores para a criação do novo conhecimento.
III. Separar os conhecimentos anteriores dos atualizados para fundi-los em um novo paradigma.
A sequência correta é:
a) Apenas a alternativa II está correta.
b) As alternativas I, II e III estão corretas.
c) Apenas a alternativa I está correta.
d) Apenas as alternativas II e III estão corretas.

29. A filosofia grega pode ser dividida em três períodos: o primeiro, naturalista, em que o pensamento filosófico busca uma resposta para as questões da natureza, isto é, o período pré-socrático; o segundo, que pode ser dito antropológico metafísico, e abrange, principalmente, as épocas de Sócrates, Platão e Aristóteles; e o terceiro, que sobrevive até a decadência da sociedade grega, por volta de VI d.C, que é o período:
a) Hominídeo.
b) Clássico.
c) Das descobertas.
d) Ético.

30. Considerado pelos seus contemporâneos um dos homens mais sábios de sua época, Sócrates transmitiu seus conhecimentos através do diálogo. Seus pensamentos e ideias ficaram conhecidos em obras de seus discípulos Platão e Xenofontes.
I. Meu conselho é que se case. Se você arrumar uma boa esposa, será feliz; se arrumar uma esposa ruim, se tornará um filósofo.
II. Existe apenas um bem, o saber, e apenas um mal, a ignorância.
III. Conhece-te a ti mesmo e conhecerás o universo e os deuses.
IV. Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância.
São frases de Sócrates:
a) Apenas as alternativas I, II e III estão corretas.
b) As alternativas I, II, III e IV estão corretas.
c) Apenas as alternativas II, III e IV estão corretas.
d) Apenas as alternativas II e IV estão corretas.

GABARITO:
11 D
12 B
13 C
14 A
15 A
16 D
17 B
18 A
19 C
20 B
21 C
22 A
23 D
24 C
25 C
26 D
27 A
28 C
29 D
30 B
     

 
 
Como referenciar: "Provas - Instituto Federal Catarinense - IESES - 2015" em Só Filosofia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 23/04/2024 às 21:55. Disponível na Internet em http://filosofia.com.br/vi_prova.php?id=200