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Histórias filosóficas

    (17/Jun) Intencionalidade
 

Poderiamos dizer, a titulo de formulação preliminar, que a Intencionalidade é aquela propriedade de muitos estados e eventos mentais pela qual estes são dirigidos para, ou a cerca de, objetos e estados de coisas no mundo. Se, por exemplo, eu tiver uma crença, deve ser uma crença de que determinada coisa é desse ou daquele modo; se tiver um temor, deve ser um temor de alguma coisa ou de algum acontecimento; se tiver um desejo, deve ser um desejo de fazer alguma coisa, ou que algo aconteça ou seja; se tiver uma intenção, deve ser uma intenção de fazer alguma coisa; e assim por diante em uma longa série de outros casos. Sigo uma antiga tradição filosófica ao chamar “intencionalidade” essa característica de direcionalidade ou aproximação, mas em muitos aspectos, o termo induz a engano e a tradição é um tanto confusa, de modo que, já de inicio quero deixar claro de que maneira pretendo usar o termo e, ao fazê-lo, dissociar-me de certos aspectos da tradição.

(SEARLE, R. John. Intencionalidade, 2002, p. 1).


Aguns tipos de estados mentais possuem modalidades que são Intencionais e outras em que não o são. Por exemplo, assim como há formas de exaltação de depressão e ansiedade em que se está simplesmente exaltado, deprimido ou ansioso, sem se estar exaltado, deprimido ou ansioso a respeito de coisa alguma. A ansiedade, a depressão e axaltação não-direcionadas não são Intencionais, enquanto os casos direcionais o são. (Ibidem p. 2).
     

 
 
Como referenciar: "Intencionalidade - Histórias filosóficas" em Só Filosofia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 18/04/2024 às 16:50. Disponível na Internet em http://filosofia.com.br/vi_historia.php?id=131