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Dicionário de Filosofia
Exemplificação | ||
Referência de um objeto qualquer a um conceito, significado, essência, classe, etc. |
Existencialismo | ||
Conjunto de filosofias ou de correntes filosóficas cuja marca comum são os instrumentos que utilizam: a análise da existência. Buscam entender a existência como o modo de ser próprio do homem enquanto é um modo de ser no mundo, em determinada situação, analisável em termos de possibilidade. A análise existencial é a análise das situações mais comuns ou fundamentais em que o homem encontra-se. Nessas situações o homem nunca é e nunca encerra em si a totalidade infinita, o mundo, o ser ou a natureza. |
Expectativa | ||
Antecipação de um acontecimento futuro. Uma das formas da atenção ou atenção expectante, que é o preparo para a ação e a disposição das condições mentais capazes de enfrentá-la. |
Expiação | ||
Efeito de libertação que pode surgir da penalização. Platão considerou a Expiação como o meio de curar as doenças da alma e acreditou que, assim como a economia liberta da pobreza e a medicina liberta da doença, também a justiça liberta da intemperança e da injustiça. |
Explicação | ||
Processo que busca determinar o porquê de algo. A Explicação tenta tornar um discurso ou uma situação clara e acessível ao entendimento ou a eliminar dificuldades e conflitos de uma situação. Determinar um significado, interpretar. Substituir um enunciado por um menos vago, mais exato ou, se possível, próprio de uma linguagem formal.
Eliminar as causas ou os motivos do conflito. Fornecer o porquê de algo ser ou acontecer. |
Exponível | ||
Na Lógica medieval Exponível eram proposições obscuras porque, embora tivessem forma gramatical de proposições simples, na realidade ocultavam uma composição cuja análise resolvia sua obscuridade. Em Kant, Exponível tem sentido análogo, porém mais específico, de proposição constituída por uma afirmação com uma negação disfarçada, que a exposição evidencia. |
Exposição | ||
Análise de um conceito ou seu esclarecimento. Kant chama de Exposição transcendental a definição de um conceito como princípio a partir do qual se possa ver a possibilidade de conhecimentos sintéticos a priori. Nesse sentido, a Exposição transcendental do conceito de espaço mostrará a possibilidade dos conhecimentos a priori que podem provir desse conceito, isto é, a possibilidade da geometria. |
Extensão | ||
Caráter fundamental dos corpos físicos dotados das três dimensões do espaço. Com base nesse caráter, Aristóteles definiu o corpo. Descartes nada mais fez do que exprimir esse mesmo conceito quando viu na Extensão a natureza da substância material, assim como o pensamento constitui a natureza da substância pensante. Para Spinoza, Extensão era um dos atributos fundamentais de Deus, da Natureza. Ockham, no século XIV, evidenciava o caráter fundamental da Extensão como atributo dos corpos: É impossível que a matéria não tenha Extensão: não há matéria que não tenha uma parte distante da outra, donde resulta que, embora as partes da matéria possam interligar-se como as da água ou do ar, nunca poderão existir no mesmo lugar. Ora, a distância recíproca das partes da matéria é a Extensão. Precisamente como característica do corpo, para Hobbes a Extensão é o espaço real, ou seja, a grandeza do corpo, diferente do espaço imaginário, que é o espaço puro e simples, ou espaço vazio. Locke identifica a Extensão com o espaço. |
Extensionalidade | ||
Bertrand Russell e Rudolf Carnap defendem a tese de que para cada sistema não extensional há um sistema extensional no qual o primeiro pode ser traduzido. Como os enunciados intensionais mais importantes são os modais, a tese em questão afirma a tradutibilidade dos enunciados modais em enunciados não-modais. Por exemplo, os enunciados A é possível, A = não A é impossível, A ou não A é necessário, A é contingente equivaleriam respectivamente aos seguintes enunciados: A1 não é contraditório, A = não A1 é contraditório, A ou não A: é analítico, A1 é sintético. |
Exterioridade | ||
O tema filosófico da oposição entre interioridade e Exterioridade nasce com a noção de consciência e expressa a oposição entre o que é alheio à consciência e o que lhe é próprio. Foi a pregação popular estoica que explorou pela primeira vez esse tema, o que se repete com frequência nas páginas de Epicteto, Marco Aurélio e Sêneca. |
Como referenciar: "Dicionário - E" em Só Filosofia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 27/11/2024 às 17:51. Disponível na Internet em http://filosofia.com.br/vi_dic.php?palvr=E&pg=9