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Dicionário de Filosofia
Eudemonismo | ||
Qualquer doutrina que assuma a felicidade como princípio e fundamento da vida moral. São eudemonistas, nesse sentido, a ética de Aristóteles, a ética dos estóicos e dos neoplatônicos, a ética do empirismo inglês e do Iluminismo. |
Eunomia | ||
Para Platão a Eunomia é a boa ordem humana contraposta à hybris, que é a atitude de quem desconhece os limites dos homens e a situação de subordinação que eles têm no mundo. |
Eupraxia | ||
Bom comportamento, ou seja, comportamento regrado, ou segundo as leis. Xenofonte designa com essa palavra o ideal moral de Sócrates. Aristóteles emprega a mesma palavra em oposição a dispraxia, que indica a conduta desregrada. |
Eutaxia | ||
Para os estoicos é a conduta bem regrada ou conforme à ordem cósmica. |
Eutimia | ||
Tranquilidade. Era o título de uma das obras de Demócrito e significava a satisfação tranquila, diferente do prazer, que consiste na ausência de temores, superstições e emoções. |
Evemerismo | ||
Doutrina de Euevêmero ou Evêmero de Messina (séculos IV-III a.C), autor de uma Sagrada Escritura traduzida para o latim por Ênio, na qual se queria demonstrar que os deuses são homens corajosos, ilustres ou poderosos, divinizados depois da morte. |
Evidência | ||
Apresentação ou manifestação de um objeto qualquer como tal. Era assim que os antigos entendiam a Evidência, especialmente os epicuristas e estóicos, que a assumiam como critério de verdade. Os epicuristas identificavam a Evidência com a própria ação dos objetos sobre os órgãos dos sentidos. Os estoicos entendiam por Evidência o apresentar-se ou dar-se das coisas aos sentidos ou à inteligência, de tal modo que estas resultem compreendidas. |
Exceção | ||
Apesar de se encontrarem na Antiguidade alguns vestígios de uma ética da Exceção, como a expressa por Cálicles em Górgías e por Trasímaco em A República de Platão, ou seja, de uma ética que não vale para a maioria, é só na filosofia contemporânea que o caráter da excepcionalidade assume não só importância moral ou religiosa, mas também ontológica e metafísica. Esse foi um tema introduzido por Kierkegaard em Temor e tremor, que defende a Exceção justificada que o eleito de Deus representa em relação à lei moral (como é o caso de Abraão). Já Nietzsche desenvolve a excepcionalidade do super-homem, a quem a vontade de potência confere um destino que foge a qualquer regra. Karl Jaspers apresenta excepcionalidade da existência, que é sempre individual, singular, inconfundível e, por isso, não pode tornar-se objetiva e submeter-se a limites ou normas. |
Exemplar | ||
O que funciona como modelo ou arquétipo, no sentido de ser objeto de imitação e, portanto, causa formal ou ideal daquilo que a imitação produz. Algumas vezes as ideias de Platão foram chamadas de causas exemplares, pela forma de causalidade que lhes é atribuída enquanto modelos. |
Exemplarismo | ||
Doutrina segundo a qual as coisas e os seres do mundo são imagens ou cópias de exemplares ou arquétipos que constituem o mundo inteligível ou que subsistem na mente divina. É uma doutrina que se acha no platonismo, no neoplatonismo, em Agostinho de Hipona e na Escolástica. |
Como referenciar: "Dicionário - E" em Só Filosofia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 27/11/2024 às 14:48. Disponível na Internet em http://filosofia.com.br/vi_dic.php?palvr=E&pg=8