Você está em Ajuda > Dicionário
Dicionário de Filosofia
Engenho | ||
Retomando um dos significados tradicionais desse termo, Giambattista Vico chamou de Engenho a faculdade inventiva da mente humana. Contrapôs, portanto, o Engenho à razão cartesiana; analogamente, contrapôs à arte cartesiana da critica, fundada na razão. O Engenho tem tanta força produtiva quanto a razão, porém menor capacidade demonstrativa. Kant, por sua vez, entendia por Engenho o talento, ou seja, a superioridade do poder cognitivo proveniente da disposição natural do indivíduo, e não do ensino. |
Enoemântica | ||
Termo empregado por William Hamilton para indicar a doutrina
do conceito. |
Ensomatose | ||
Doutrina segundo a qual a alma é infundida no corpo diretamente por Deus; Orígenes a contrapõe à metensomatose ou metempsicose. |
Ente | ||
O que é, em qualquer dos significados existenciais de ser. Habitualmente essa palavra é usada em sentido mais geral. Diz Heidegger: Chamamos de Ente muitas coisas, em sentidos diferentes. Ente é tudo aquilo de que falamos, aquilo a que, de um modo ou de outro, nos referimos; Ente é também o que e como nós mesmos somos. |
Enteléquia | ||
Termo criado por Aristóteles para indicar o ato final ou perfeito, isto é, a realização acabada da potência. Nesse sentido Aristóteles definiu a alma como a Enteléquia de um corpo orgânico. O termo foi retomado por Leibniz para indicar as substâncias simples ou mônadas criadas, pois elas têm certa perfeição ou autossuficiência que as torna origens das suas ações internas e, por assim dizer, autômatos incorpóreos. |
Entidade | ||
Objeto existente provido de um modo de ser especificamente definível. Esse termo foi introduzido por Duns Scot, que o utilizou para distinguir o modo de ser do indivíduo, que ele chama de entidade positiva. Na lógica contemporânea esse termo é empregado para indicar todo objeto cujo status existencial possa ser definido, ou então, como também se diz, todo objeto a respeito do qual o uso linguístico comporte um compromisso ontológico. Carnap defendeu o uso desse termo, insistindo ao mesmo tempo no fato de que as Entidades de que se fala na lógica não são redutíveis a dados sensíveis, portanto não são entidades reais. |
Entimema | ||
Segundo Aristóteles, silogismo fundado em premissas prováveis ou em signos; é o silogismo da retórica. O Entimema fundado em premissas prováveis nunca conclui necessariamente, pois as premissas prováveis valem na maioria das vezes, mas nem sempre. O Entimema fundado em signos às vezes conclui necessariamente. Assim, quando se diz que alguém está doente porque tem febre, ou que uma mulher deu à luz porque tem leite, cria-se um silogismo do qual simplesmente se omite a premissa maior, ou seja, que quem tem febre está doente, ou que toda mulher que deu à luz tem leite. |
Enumeração | ||
A quarta regra do método enunciada por Descartes na segunda parte do Discurso do Método. Fazer em tudo Enumerações tão completas e revisões tão gerais que se esteja seguro de nada omitir. Assim expressa, essa regra refere-se mais ao controle dos resultados do procedimento racional do que à descoberta desses resultados. |
Epagógico | ||
Indutivo. |
Epicurismo | ||
Escola filosófica fundada por Epicuro de Samos no ano 306 a.C. em Atenas. Tentavam subordinar a investigação filosófica à exigência de garantir a tranqüilidade do espírito ao homem através de: 1 - Sensacionísmo, princípio segundo o qual a sensação é o critério da verdade e do bem que era identificado com o prazer; 2 - Atomismo, com que Epicuro explicava a formação e a transformação das coisas por meio da união e da separação dos átomos; 3 - Semiateísmo, pelo qual Epicuro acreditava na existência dos deuses, que, no entanto, não desempenham papel nenhum na formação e no governo do mundo. |
Como referenciar: "Dicionário - E" em Só Filosofia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 27/11/2024 às 03:43. Disponível na Internet em http://filosofia.com.br/vi_dic.php?palvr=E&pg=3