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Dicionário de Filosofia
Dedução | ||
É quando uma conclusão com pretensão de verdade deriva de uma ou mais premissas. Na história da filosofia, essa relação foi interpretada e fundamentada basicamente de três maneiras: 1 - Quando considera que a pretensão de verdade é fundada na essência necessária ou substância dos objetos a que se referem as proposições; 2 - Quando considera a pretensão de verdade fundamentada na evidência sensível que os objetos apresentam; 3 - Quando nega que a pretensão de verdade tenha um único fundamento e a considera decorrente de regras cujo uso pode ser objeto de acordo. A interpretação tradicional de Dedução como o fato de o particular derivar do universal ou como um raciocínio
que vai do universal ao particular, refere-se apenas à primeira dessas interpretações e por isso é restrita demais para poder abranger todas as alternativas a que essa noção deu origem. |
Definição | ||
Declaração da essência. Distinguem-se diversos conceitos de Definição, que correspondem aos diversos conceitos de essência, mais precisamente: 1 - Conceito de Definição como declaração da essência substancial; 2 - Conceito de Definição como declaração da essência nominal; 3 - Conceito de Definição como declaração da essência-significado. |
Deidade | ||
Em geral, a essência ou natureza divina; e esse é o sentido encontrado em Agostinho de Hipona. |
Deificação | ||
Identificação do homem com Deus como termo e realização da ascensão mística. Esse termo acha-se em Dionísio Areopagita e foi retomado por Scotus Erigena e pela mística medieval. |
Deliberação | ||
Consideração das alternativas possíveis que certa situação oferece à escolha. Aristóteles observa que o médico não se pergunta se quer ou não curar o doente, o orador não se pergunta se quer ou não persuadir. Ao contrário, uma vez posto o fim, examina-se como e por quais meios se poderá atingi-lo; sobre esses meios, portanto, versará a deliberação. A Deliberação conclui-se e culmina na escolha. O objeto de ambas é o mesmo, salvo pelo fato de que o objeto da escolha já está definido pelo processo deliberativo a que a escolha finaliza. |
Demônio | ||
Ser divino em geral, que não o supremo, ao qual é habitualmente reservada a função de mediação. Sócrates atribuía à esses deuses a voz que o chamava para sua tarefa e para o que devia ou não fazer algo de divino. Depois, foram freqüentemente chamadas de Demônios as divindades inferiores ou subordinadas, que muitas vezes os filósofos identificaram com as admitidas pela religião tradicional. Já Platão admitira essas divindades como criadas pelo Demiurgo. Os estóicos pensavam do mesmo modo. Plotino diz que um Demônio é uma imagem de Deus e que os Demônios estão na segunda ordem, logo depois dos deuses, ao passo que depois deles vêm os homens e os animais. Plutarco multiplica os Demônios, considerando-os emanações, mais ou menos remotas, da divindade suprema. O cristianismo adotou a seu modo a doutrina dos Demônios, chamando de anjos os bons Demônios e reservando o nome de Demônios aos anjos maus. |
Demiurgo | ||
O criador do mundo. Essa palavra tem origem em Timeu, de Platão; nessa obra, a causa criadora do mundo é atribuída a uma divindade que cria o mundo à semelhança da realidade ideal, utilizando uma matéria informe e resistente que Platão chama de matriz do mundo. |
Demoníaco | ||
Para Kant, o diabolismo caracteriza-se pela malícia, pela intenção de acatar como motivo das ações o mal enquanto mal. Quanto ao próprio diabo, Kant vê nele a personificação de um ensinamento moral que era assim posto ao alcance de todos, ou seja, do ensinamento de que não há salvação para os homens a não ser na aceitação dos princípios morais. |
Demonstração | ||
O termo Demonstração e seu conceito foram introduzidos na Lógica por Aristóteles como silogismo que deduz uma conclusão de princípios primeiros e verdadeiros ou de outras proposições deduzidas silogisticamente de princípios primeiros e evidentes. |
Deontologia | ||
Termo criado por Jeremy Bentham para designar uma ciência do conveniente, ou seja, uma moral fundada na tendência a perseguir o prazer e fugir da dor e que, portanto, não lance mão de apelos à consciência ou ao dever. A tarefa do deontólogo, diz Bentham, é ensinar ao homem como dirigir suas emoções de tal modo que as subordine na medida do possível, a seu próprio bem-estar. Muito diferente desse uso é o proposto por Antônio Rosmini, que entendeu por deontológicas as ciências normativas, ou seja, as que indagam como deve ser o ente para ser perfeito. O ápice das ciências deontológicas seria a ética. |
Como referenciar: "Dicionário - D" em Só Filosofia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 03/12/2024 às 15:11. Disponível na Internet em http://filosofia.com.br/vi_dic.php?palvr=D&pg=1