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Dicionário de Filosofia
Abismo | ||
a) É empregado para indicar profundidade que se perde de vista, que é imedível.
b) Na filosofia abismo é empregado muitas vezes no sentido da separação total que se realiza através das ações diacríticas do espírito humano. |
Abjeção | ||
a) Em ética e na moral, a abjeção é o estado ou posição do homem degradado a um grau de baixeza moral, ética e axiológica; portanto uma desvalorização.
b) Em sociologia é abjeta a condição social do homem, quando este carece dos meios suficientes para manter uma vida digna de sua condição humana. É também chamada abjeta essa situação, mesmo quando a abjeção não é moralmente imputável à pessoa que nela se encontra. |
Abjurar | ||
a) Renunciar qualquer doutrina ou opinião.
b) Desdizer, retratar.
c) Negar com juramento falso. |
Abnegação | ||
Latim: abnegatio, ação de sacrifício. - a) Sacrifício voluntário de si mesmo em benefício de outrem ou outros. b) sacrifício voluntário de uma tendência natural em benefício de outrem. c) Sob o ângulo cristão: Negação do egoísmo para a conquista de uma vida divina. d) esquecimento de si mesmo, de tudo quanto é seu; "abandono de nós mesmos, entregando-nos à misericórdia de Deus" (Leibniz ). Nessa acepção é a negação de si mesmo, é o amor a Deus pela negação de nós mesmos. e) Segundo Calvino: "A justiça de Deus jaz na abnegação de nós mesmos em obediência à sua vontade". f) Sentido de um grau de desinteresse, ou expressão de desinteresse, que ultrapasse o simples "esquecimento de si mesmo". g) Sentido vulgar: servir aos outros com desinteresse, renúncia, desprendimento. |
Aborígene | ||
Latim: aborigenes, sem origem, ou cuja origem se mantém
desconhecida.
a)Usado no sentido de indicar o oriundo do país em que vive.
b) Habitantes primitivos, ou aqueles cuja origem é desconhecida. Termo empregado para designar os indígenas brasileiros pelos portugueses, extensivo aos povos nativos americanos. |
Absenteísmo | ||
Designa o hábito de grande número de proprietários viverem longe de suas terras, estabelecendo-se entre eles e cultivadores um intermediário. O proprietário, não realizando melhoramentos que tendem a valorizar as terras e, por sua vez, o produto, sendo enviado algures, não será aproveitado para fins locais. |
Absolutamente | ||
a) De modo absoluto, ilimitadamente.
b) Em filosofia, significa em si, a essência da coisa tomada em si mesma, na sua natureza (desconsiderada de toda ideia de relação), como ao tomar-se o tempo sem serem consideradas as coisas sucessivas: o que seria toma-lo absolutamente. |
Absolutismo | ||
a) Poder absoluto, ilimitado, do soberano.
b) Sistema de governo onde o poder está acima de qualquer direção ou fiscalização.
c) Teoria do absolutismo.
d) Termo usado para designar a metafísica do absoluto.
e) Diz-se, familiarmente, do emprego de um espírito de intransigência nas opiniões.
f) "Absolutismo estético": expressão usada para evidenciar a beleza objetiva e absoluta, não relativa ao observador, tornando-se daí padrão absoluto para a crítica. Foi esta acepção primeiramente exposta por Platão. Mantiveram-na, na filosofia, os intuicionistas, embora combatida pelos que julgam a beleza meramente uma espécie de prazer e, consequentemente, dependente do indivíduo. Kant assume uma posição intermediária ao afirmar: a beleza é subjetiva, mas o julgamento: "isto é belo" é sempre realizado como se existisse um padrão objetivo.
g) Na moral é a doutrina que afirma que os mandamentos não são ordens arbitrárias da divindade, nem meras convenções humanas, variáveis portanto, mas válidas intrinsecamente, as mesmas em todos os tempos. |
Absoluto | ||
Latim: absolutum, ab solutum, solto de, desligado de... to apoluton, o isento de relação, de limitação, de dependência). É o contrário de relativo. a) Ser absoluto é, pois, o que existe em si o que não tem relação de dependência com nenhum outro. Neste sentido, não é causa, porque esta só o é em relação com o efeito. Daí concluir-se que ele é o ser único, como afirmam os monistas, concluindo uns ainda pela ininteligibilidade do ser absoluto, e outros pela sua incognoscibilidade. b) É o ser que não necessita de nenhum outro para existir, que não existe para uma relação com outro, mas que pode ter relações com outros. Este ser pode ser causa: causa primeira. Independente por si, mas os outros dele dependem. Também são absolutos os seus atributos. A ideia de absoluto exclui a ideia de Infinito. Uma gota de água é absolutamente pura, não infinitamente pura. Concebe-se uma justiça absolutamente verdadeira, uma demonstração absolutamente convincente, não uma justiça infinita, uma prova infinita. Se, pelo contrário, a aplicamos a uma coisa, que não envolve necessariamente a ideia de limite, então a ideia de Absoluto não se opõe à ideia de Infinito: a potência absoluta é a potência suprema, a potência sem limites, a potência infinita. c) Na filosofia moderna, a noção de absoluto confunde-se com a de totalidade e de fundamento do real, seja ela concebida de um ponto de vista idealista ou materialista. A reflexão sobre o absoluto tem constituído a tarefa básica de todas as filosofias, seja para tomá-lo como postulado ou, como acontece na analítica contemporânea, para afirmar a impossibilidade de emitir juízo algum sobre ele.
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Absolvição | ||
a) Ação de relevar da culpa imputada ou da pena que lhe corresponde.
b) Em religião, perdão dos pecados, realizado pelos sacerdotes no sacramento da penitência. Contrapõe-se a condenação. |
Como referenciar: "Dicionário - A" em Só Filosofia. Virtuous Tecnologia da Informação, 2008-2024. Consultado em 23/11/2024 às 05:20. Disponível na Internet em http://filosofia.com.br/vi_dic.php?palvr=A&pg=1