FRAGMENTOS - ZENÃO DE ELÉIA 1. SIMPLÍCIO: Se o ser não tivesse grandeza, também não poderia existir, mas, se existe, necessariamente cada (parte) tem certa grandeza e espessura, e distância uma da outra. E a respeito da (parte) que está diante dela o mesmo se diz. Pois esta também terá grandeza e outra estará diante dela. E o mesmo, então, dizer isso uma vez apenas e dizê-lo sempre. Pois nenhuma parte dele (do ser) será limite extremo, nem estará uma parte sem relação com outra. Assim, se múltiplas são (as coisas), necessariamente são pequenas e grandes; pequenas a tal ponto que não têm grandeza, grandes a tal ponto que são infinitas. 2. IDEM: (Diz Zenão que) uma coisa que não tem grandeza e espessura, nem massa, não poderia existir. Pois, se fosse acrescentada a outra coisa, em nada a aumentaria; pois, se uma grandeza que nada é (a outra) se acrescenta, nada pode ganhar em grandeza (esta última). E assim já o acrescentado nada seria. Mas se, subtraída (uma grandeza), a outra em nada diminuir, e, ao contrário, acrescentada (uma), (a outra) não aumentar, é evidente que o acrescentado nada era, nem o subtraído. 3. IDEM: Se múltiplas são (as coisas), necessariamente são tantas quantas são, nem mais, nem menos. Mas, se são tantas quantas são, devem ser limitadas (em número). Se são múltiplas, ilimitadas (em número) são as coisas; pois entre elas sempre há outras, e entre estas novamente outras. Assim, ilimitadas (em número) são as coisas. 4. DIÓGENES LAÉRCIO: O móvel nem no espaço em que está se move, nem naquele em que não está.